Tempestade de granizo causa destruição em Marília


Bombeiros receberam pelo menos 100 chamados relatando quedas de árvores, muros, destelhamentos, falta de eletricidade, inundações, acidentes de trânsito e até abertura de cratera
 


GOVERNO - Prefeito Vinícius percorreu a cidade prestando apoio à população; cratera engoliu uma das pistas do pontilhão da antiga rodoviária - Paulo Cansini

O final da tarde de quarta-feira se aproximava e trazia consigo a promessa de chuva forte. O início da noite chegou e trouxe uma tempestade que há muito não se registrava em Marília. O saldo: quedas de árvores e muros por toda cidade, telhados sendo arrancados pela força do vento, falta de energia elétrica, inundações em vias públicas e casas, acidentes de trânsito, uma cratera em uma das principais avenidas e um prejuízo de milhares de reais. Do lado positivo, nenhuma morte registrada.

Extra oficialmente, o Corpo de Bombeiros estimava, até o fechamento desta edição, que pelo menos 100 chamados haviam sido recebidos em decorrência da chuva. Os primeiros chegavam quando chovia granizo. O muro de uma residência no Vista Alegre caiu em decorrência do vendaval, que atingiu picos de 70 km/h. 

No centro, o posso do elevador de um prédio na rua Amazonas ficou alagado. No Fragata, a água invadiu o imóvel da aposentada Regina Duran, localizado na rua Setembrino Cardoso Maciel, e o desespero, a tomou. Enquanto uma equipe fazia buracos no muro dos fundos para dar vazão a água, outra cuidava da saúde da moradora, hipertensa. 

“Tenho alguns móveis que acabei de comprar. Quando a água passou por debaixo da porta, temi que ela os estragasse”, disse, já medicada e mais calma.

As quedas de árvores foram as ocorrências mais comuns, com relatos nos quatro cantos. Na Via Expressa, uma delas, plantada no canteiro central da avenida e com mais de dez metros de altura, caiu no meio da faixa Bairro – Centro e causou transtornos no trânsito. Em diversos outros pontos, como na rua Álvares Cabral e Sete de Setembro, fios de eletricidade foram atingidos e se romperam, afetando mais de 10 mil pessoas.

Destelhamentos também foram bastante comuns. A força dos ventos foi tamanha que uma folha de zinco instalada em um consultório atravessou as quatro faixas da Avenida Santo Antônio, parando sobre a fiação elétrica de uma casa do outro lado da via. Caso parecido aconteceu na Avenida Sampaio Vidal, com uma folha sendo arrancada da Igreja Nossa Senhora da Glória e parando na Biblioteca Municipal.

Na mesma avenida, um motociclista ficou ferido após ser atingido por um carro. Ele foi socorrido pelo Resgate e levado ao Hospital das Clínicas. Aconteceram ainda pelo menos outros cinco acidentes. Em um deles, um carro rodou pela Rodovia do Contorno (SP-294).

Na Avenida Santo Antônio, uma cratera de mais de dez metros de diâmetro e sete de profundidade se abriu no viaduto da antiga rodoviária, engolindo uma das quatro pistas. O trânsito no local foi interditado.

Já ‘tradicional’ ponto de alagamento, o viaduto da rua Bahia fez nova vítima: um micro-ônibus escolar tentou atravessar a parede de água de cerca de um metro de altura, mas parou. As crianças e o motorista foram resgatados em segurança.

 

 

Diário de Marília



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