Em Marília, homem executa ex-amásia com tiros no rosto e está foragido


Crime aconteceu na manhã de ontem; 16º homicídio do ano em Marília

A doméstica Maria Aparecida Espósito, 28, foi assassinada pelo ex-amásio, o pedreiro Erenice dos Reis Santos, 35, mais conhecido como ‘Nilson’, na manhã de ontem no Fragata, na região central da cidade. Ela foi atingida por quatro tiros, dois deles no rosto. O homicida fugiu. Este é o 16º assassinato de 2010.

O crime aconteceu por volta das 7h45. Na garupa de mototáxista, Maria Aparecida se dirigia ao trabalho quando, na rua Frei Jacinto, foi atacada a tiros pelo pedreiro, que a seguia em outra moto. Erenice atirou pelo menos quatro vezes contra a ex-amásia, sendo que um acertou a testa, outro a boca e outras duas o tórax. Ele estava armado com uma pistola calibre 380.

Baleada, ela caiu do veículo. O mototáxista acionou a Polícia Militar enquanto o atirador fugia a pé. Gravemente ferida, os próprios policiais militares socorreram a mulher e a levaram ao Hospital das Clínicas, entretanto a morte foi constatada minutos depois. Buscas foram feitas, mas o servente segue desaparecido. Ele foi indiciado.

Se condenado pelo crime o pedreiro, que já tem passagens por tráfico de drogas e tentativa de homicídio, pode pegar até 20 anos de prisão. O caso é investigado pelo 3º DP.

Vítima já havia solicitado a polícia

Segundo apurou a reportagem do Jornal Diário junto as Polícia Civil e Militar, Maria Aparecida havia registrado boletim de ocorrência em setembro. Ela relatava sofrer ameaças do ex-companheiro. O delegado Seccional de Marília, Marcos Buarraj Mourão, diz que após registrar boletim de ocorrência, a polícia fez buscas no imóvel do pedreiro, no Parque das Azaléias, mas não encontraram a arma.
Ainda segundo Mourão, além das buscas, foi expedida uma medida preventiva que impedia Erenice de se aproximar de Maria Aparecida.

Dos 16 homicídios do ano, três são passionais

Ciúmes, desconfiança e inconformismo. Estas são as motivações que resultaram em três dos 16 homicídios registrados na cidade este ano. Em janeiro. Diego Aparecido de Souza, 24, foi asfixiado e jogado de viaduto do distrito de Lácio pelo desempregado Rogério Pereira da Silva, 26, e pelo pintor Antônio Ribeiro da Silva, 26, pintor. Segundo a denúncia do Ministério Público, ele foi morto por dar carona à uma ex-namorada de Rogério.

Oito meses e onze homicídios depois, outro crime passional foi registrado. Desta vez, a vítima foi a cozinheira Marta Ferreira da Silva Santos, 38, morta pelo marido, o servidor municipal Rinaldo Benedito dos Santos, 43, com uma facada no pescoço. Em depoimento, o autor do homicídio afirmou ter matado por ela tê-lo traído.

O terceiro aconteceu na manhã de ontem. O pedreiro Erenice dos Reis Santos, 35, perseguiu e matou a tiros a ex-amásia Maria Aparecida Espósito.

Discórdia motivou mais dois crimes

Assim como o homicídio registrado ontem, outras duas tentativas de assassinato registrados no final de semana tiveram a mesma motivação: a discórdia. Nos dois casos, as vítimas foram mulheres e os autores foram presos em flagrante. A DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) investiga os dois casos.

O primeiro fato aconteceu na tarde de sábado, na rua Izabel Souza Nunes, no Tangará. A desempregada Andréia Nogueira de Souza, 33, foi atacada pelo amásio José Ricardo Barbosa, 34, também desempregado. Ambos são andarilhos. Ele usou uma faca de cozinha e desferiu cinco golpes na mulher.

Uma das facadas perfurou o pulmão da vítima, que foi socorrida e está internada no Hospital das Clínicas. José foi preso nas proximidades, confessou o crime e mostrou onde escondeu o objeto usado para ferir a parceira. Ele foi levado para a cadeia pública de Garça.

No domingo, a vítima foi a dona de casa Mônica Aparecida Ocão, 32. Seu ex-amásio, o motorista Edvaldo dos Reis Santos, 40, de quem está separada há dois anos, foi até a cidade de Oriente (21 km de Marília), onde ela mora, e atirou cinco vezes contra a sua residência. Depois, ele apontou a arma contra ela e disparou, atingindo sua perna direita de raspão.

Edvaldo foi preso em flagrante e indiciado. Pelos crimes de tentativa de homicídio, violência doméstica e porte ilegal de arma, sua pena pode ultrapassar os 25 anos de prisão.



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