Sindicato afirma que atendimento não será prejudicado.
Hospital tem cerca de 900 funcionários (Foto: Reprodução / TV TEM)
Os funcionários do Hospital Regional de Assis paralisaram as atividades a partir das 7h desta segunda-feira (19), com previsão para durar 48 horas. O sindicato reivindica o início da campanha salarial de 2014 e o pagamento da gratificação por assiduidade para os funcionários administrativos, já que atualmente apenas a área técnica recebe o bônus.
“A nossa campanha salarial 2014 não teve avanço até agora. Uma parte da categoria teve um prêmio de incentivo. Só que ele dividiu a categoria, ele deu para área técnica e deixou a administrativa de fora. E por nós sermos uma categoria só, achamos isso injusto da parte do Governo e estamos fazendo uma mini greve de 48 horas”, afirma o diretor regional Sindsaúde, Aurindo de Oliveira.
O Hospital Regional tem cerca de 900 funcionários, mas o sindicato não soube informar quantos aderiram ao movimento. Segundo o representante dos grevistas, nenhuma consulta será desmarcada durante o período de paralisação. “O atendimento não está prejudicado. Os funcionários estão livres para parar”, diz o diretor da Sindsaúde.
Mas a população pode sair prejudicada no que diz respeito as internações. O pronto-socorro municipal de Assis cuida dos casos de urgência e emergência, mas os leitos para os pacientes mais graves estão disponíveis somente no Hospital Regional.
Depois de dois dias com o encaminhamento de internação para o filho que sofre de convulsões, Maria Rodrigues da Silva voltou para casa sem conseguir o atendimento adequado. “Ele precisa de vaga no Regional porque tem UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), mas eles ficam com jogo de empurra, empurra.”
Por telefone,a secretária da Saúde de Assis, Denise Fernandes, disse que se preocupa com a greve, já que se houver demora na liberação de leitos para internações, o pronto-socorro municipal poderá ficar congestionado. Ela disse ainda que vai entrar em contato com a direção do Hospital Regional para tentar garantir que os casos de urgência e emergência não tenham prejuízo no atendimento. A Secretaria Estadual não se manifestou sobre a greve.
Fonte: globo.com/g1