Marília registra 41% mais furtos e roubos de motos que ano passado


Em 50 dias, foram 31 crimes este ano contra 22 em 2010

Na madrugada de ontem (23), um mototaxista de 39 anos teve sua moto, uma Honda CG Titan, roubada na Avenida República por um homem que se passou por cliente. Em menos de 24h, foram duas ações idênticas na mesma via. Mais do que isso: a cidade vive uma onda de crimes contra este tipo de veículo.

Números divulgados pela Delegacia Seccional de Marília indicam alta de 41% no registro de furtos e roubos de motos na cidade. De janeiro até 20 de fevereiro deste ano, foram elaborados 31 boletins de ocorrência relatando a perda do veículo, sendo que apenas onze foram recuperadas. No mesmo período de 2010, foram 22 casos relatados.

Outro dado que impressiona: as motos representam 70% dos registros de furtos de veículos. Delas, 80% são aquelas de baixa cilindrada (até 150cc), como foram os dois casos ocorridos na Avenida República entre as madrugadas de terça e quarta-feira.

E é para tentar conter esta alta que a Polícia Militar já iniciou um trabalho de mapeamento dos locais dos crimes.

Ela diz ainda que, além da ofensiva policial, os proprietários de motos devem tomar alguns cuidados. “Ao estacionar, escolha locais de maior movimentação e iluminados. Além disso, sistemas de trava e alarmes são outros pontos que dificultam a ação dos criminosos”.

Algumas dicas são seguidas à risca pelo construtor Hamilton Pereira, 42, que se orgulha em nunca ter sido alvo dos criminosos. “Além de travá-la, deixo a moto estacionada em vias onde há grande circulação de pedestres, carros e viaturas da polícia”.

Vítima: “indignação é maior que prejuízo”

Técnico em segurança do trabalho, Roni Augusto Figueiredo, 25, é uma das vítimas da criminalidade contra veículos. Sua moto, uma 125cc, foi furtada no final do ano passado. A ação do bandido foi rápida, menos de dois minutos, o suficiente para ele nunca mais ver o veículo.

“Os policiais militares que atenderam o meu chamado me falaram das dificuldades em encontrá-la. O que mais me revolta não é o prejuízo que tomei, mas sim a impunidade àqueles que tiraram de mim algo que trabalhei muito para conquistar”, desabafa.

Ele diz também que a perda da moto dificultou a vida da vítima. A rotina de usar o transporte coletivo teve que ser novamente adotada. Apesar disso, descarta a compra de outra moto. “Eu e a minha esposa estamos pensando em adquirir uma bicicleta. Além ser uma opção saudável, vou poder amarrá-la em qualquer lugar”.



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