Prostitutas e Travestis fazem da rua Domingos Paulino Vieira ponto de prostituição



Nas sextas e sábados, a noite, algumas prostitutas, entre mulheres prostitutas e travestis, tentam atrair clientes na rua Domingos Paulino Vieira, próximo ao Posto do Trevo. Onde antes quase não tinha movimento durante a noite, agora virou “ponto” de prostituição.

A polícia pouco pode fazer já que a prostituição não é crime. O máximo que pode acontecer é elas serem indiciadas por ato obsceno ou oportunação ofensiva ao pudor, por transitar com roupas íntimas e expor o corpo. Na prática, a pena máxima, de um ano de detenção, dificilmente chega a ser aplicada nesses casos.

A nossa equipe de reportagem esteve no local e entrevistou Deisy Star, de 30 anos, travesti que nos finais de semana fica na rua Domingos Paulino Vieira, a espera de clientes.

Deisy explicou a nossa reportagem o porquê de ser uma travesti. “Tudo foi acontecendo devagar, no começo me incomodava, mas depois comecei a me sentir bem, a gostar e se tornou um vício, não consigo sair à noite sem estar transformada. O pessoal me conhece, me respeita, claro que existem preconceitos, mas sou acostumada com isso”, relata a travesti.

“Sou paraguaçuense, moro com minha mãe e ela me aceitou numa boa, me transformo na frente dela, já meu pai nunca comentou nada comigo”, diz Deisy.

Questionada sobre o uso de preservativos e o perigo de transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, Deisy diz que na maioria dos seus programas não usa preservativos e que os seus principais clientes são homens casados.

Ela relata ainda que se transforma apenas de noite. “De dia sou um gay “normal”, trabalho normalmente em uma empresa como ajudante geral, já à noite quero me sentir mulher”.

A travesti conclui dizendo: “Perigo sempre corremos, não é lucrativo, mas é compensativo, me sinto bem com isso. Cada um é feliz da forma que acha melhor”.


Deisy Star - travesti que nos finais de semana fica na rua Domingos Paulino Vieira, a espera de clientes.



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