Os projetos estranhos do Google



Para a maioria dos usuários, o Google é uma empresa que se resume, essencialmente, em permitir uma busca rápida e relevante na internet. Entretanto, alguns dos projetos da gigante de Mountain View vão além da web e se apresentam como pontos inovadores que podem mudar para melhor a forma como vivemos. Abaixo alguns dos projetos mais estranhos que estão sendo desenvolvidos pela equipe do buscador ou estão envolvidos em investimentos da Google Ventures – a unidade de capital de risco do Google.

Piloto automático para carros
Em outubro de 2010, o Google surpreendeu o mundo ao revelar seu projeto pioneiro de “piloto automático”, que tem permitido que sua frota de carros possa se auto-dirigir.

“Nossos carros, automatizados e tripulados por operadores treinados, podem partir do nosso campus em Mountain View para o nosso escritório de Santa Mônica, em Hollywood Boulevard”, disse Sebastian Thrun, Engenheiro de Software do Google, durante o anúncio do projeto.

Para os testes de direção autônoma, o Google tem utilizado um Toyota Prius modificado com um conjunto de sensores que permitem, ao sistema de condução, obter uma visão ampla das ruas e do trânsito. Até o anúncio do projeto, os carros já haviam percorrido 225.000 Km sem qualquer necessidade de um motorista.

Para Eric Schmidt, CEO do Google, a história humana possui algumas inversões e a empresa quer corrigi-la. “Seu carro devia se auto-dirigir. É um erro que os carros tenham sido inventados antes dos computadores”, disse durante o evento “TechCrunch Disrupt”.


Projeto de sequenciamento de DNA
Em maio de 2007, o Google anunciou um investimento de 3,9 milhões de dólares para tornar o genoma humano pesquisável. A startup escolhida para receber o aporte foi a 23andMe, fundada por Anne Wojcicki, esposa do co-fundador do Google Sergey Brin.

A empresa, desconhecida até então, tinha como foco expor uma “nova forma revolucionária de como olhamos para nós mesmos, em referência ao passado, presente e futuro”. Por US$ 999, a 23andMe é capaz de fazer uma varredura completa de DNA, revelando fatores de risco, além de manter o cliente atualizado com os mais recentes avanços médicos.

Por volta de 2009, na estréia de seu blog pessoal, Sergey Brin revelou ser um dos pacientes da 23andMe e relatou que, em uma das varreduras, foram encontradas suspeitas de Parkinson em seu DNA.

“Eu meio que dou a mim mesmo 50% de possibilidade de desenvolver Parkinson em 20 ou 25 anos. Mas também dou 50% à medicina para conseguir lidar com isso em tempo”, disse Brin após oferecer contribuições com seu dinheiro e também com seu DNA para as pesquisas.


Energia verde
Quando falamos em energia verde, quase sempre lembramos do Google e seus painéis solares no complexo de Mountain View. Até 2007, o projeto era considerado como a maior instalação de painel solar dos Estados Unidos, chegando a quase 10 mil painéis.

Sergey Brin e Larry Page, co-fundadores do Google, experimentam a garagem solar para os carros elétricos em 2009.
Embora não seja algo relativamente “estranho”, tendo em vista que uma empresa do porte do Google quase sempre buscaria alternativas para reduzir o gasto de energia, quando olhamos os investimentos do buscador neste segmento, verificamos que a preocupação da empresa pode ser classificada como estranha.

“No Google, a sustentabilidade é um valor fundamental, que vem diretamente de nossos fundadores, e acreditamos que o verde faz sentido nos negócios”, diz a empresa ao revelar suas iniciativas para construir um futuro de energia limpa, incluindo uma série de mudanças em sua infraestrutura e servidores mais ecológicos.

A cultura do Google, porém, não se satisfaz com apenas o lado corporativo estar preenchido de iniciativas. A empresa também procura convidar os consumidores a reduzir o consumo e ajudá-los a promover decisões responsáveis para seu uso.

Com esse foco, a empresa lançou em 2009, o Google PowerMeter, uma ferramenta de monitoramento de energia que permite ver o consumo de energia on-line, ajudando a analisar soluções para um uso mais consciente da energia.

Alexandre Buchianeri
Fonte: TechTudo Blogs



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