Câmara de Marília eleva número de vereadores para 21


Só quatro parlamentares votam contra projeto que chega sem aviso e de surpresa


Marília vai ter 21 vereadores a partir da próxima eleição e a decisão do aumento do número de cadeiras – assim como as mordomias dos parlamentares - foi aprovado ontem, em sessão extraordinária, na calada da noite, em projeto sem qualquer debate com a sociedade.

Em menos de cinco minutos o rolo compressor governista liderado pelo presidente Yoshio Takaoka enfiou a proposta goela abaixo do plenário e decidiu que de 13 sobem para 21 os parlamentares a partir de 2013.

Até os vereadores Sidney Gobetti e Pedro do Gás, que teoricamente se dizem oposição, acompanharam os situacionistas ajudando aprovar o golpe.

O ex-presidente Eduardo Nascimento, Junior da Farmácia, Wilson Damasceno e Mário Coraíni votaram contra o aumento no número de vereadores, que volta a ser como antes de 2004.

A sessão não teve qualquer debate e nenhum vereador usou a tribuna para justificar o voto. O projeto já chegou ao plenário com parecer favorável da Comissão de Justiça composta pelos vereadores Herval Seabra, Eduardo Gimenes e José Carlos Albuquerque.

Ex-presidente, Nascimento defendeu no final da sessão que a Câmara poderia até aumentar o número de vereadores como previsto em lei, mas não para 21 cadeiras, o que é exagerado. Para ele o ideal seriam 17 parlamentares.

“Com 21 cadeiras vão aumentar os gastos em demasia. Não era necessário tudo isso. Serão mais assessores, mais custos”, explica.

Pela legislação, vereadores poderiam decidir entre manter 17, 19 e 21 cadeiras, que acabou vencendo.

Para o presidente Takaoka, os gastos e o orçamento da Câmara de Marília não serão inchados e o Poder Legislativo, com 21 cadeiras, terá mais representação na sociedade.

Já o vereador Junior da Farmácia, que votou contra o projeto, discorda. “Ninguém pensa na população, que paga toda a conta. Quantidade nem sempre quer dizer qualidade”, desabafou.

 



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