Oito mitos e verdades sobre o novo coronavírus

informações maliciosas e sem suporte científico, acabam causando ainda mais confusão e, até mesmo, representando um risco a mais para a saúde da população.


Apesar de o novo coronavírus já estar circulando no Brasil desde o final do mês de fevereiro (o primeiro caso foi registrado no dia 26, em São Paulo), muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre a epidemia que teve início na China, em dezembro, e se espalhou rapidamente pelo mundo, transformando-se em uma pandemia. A essas questões, somam-se as inúmeras notícias falsas (fake news) que circulam pela internet, sobretudo nas redes sociais e, principalmente, no WhatsApp. Essas informações maliciosas e sem suporte científico, acabam causando ainda mais confusão e, até mesmo, representando um risco a mais para a saúde da população.

Por isso, nada melhor que buscar informações em fontes confiáveis, como nos sites das autoridades de saúde e entidades médicas. Logo, confira, abaixo, oito mitos e verdades sobre o novo coronavírus, de acordo com a Sociedade Brasileira de Penumologia e Tisiologia.

1) Itens como luvas e máscaras realmente nos protegem da transmissão do novo coronavírus?

VERDADE. O uso da máscara só é recomendado para pacientes com casos confirmados e para aqueles com suspeita da doença. Profissionais de saúde devem usar a máscara N-95, enquanto para os pacientes a máscara é a cirúrgica simples. A recomendação para prevenção é descartar as máscaras a cada 4 horas quando em ambientes externos. Dentro de casa, o uso da mesma máscara deve se manter até que ela fique úmida ou suja.

2) Pessoas com máscaras podem contrair o novo coronavírus?

VERDADE. A máscara protege contra a doença, mas não a evita. Existem outras formas de contrair o Coronavírus mesmo estando de máscara. A principal forma de contágio é através do ar, quando a pessoa contaminada tosse ou espirra, espalhando o vírus. Outra forma é o contato das mãos em superfícies contaminadas em até 24 horas após a eliminação do vírus, por isso é importante evitar tocar olhos, nariz e boca sem higienização adequada das mãos. A lavagem das mãos deve ser feita com água e sãbao, além do uso de álcool em gel ou álcool 70%. Além da palma da mão, a lavagem deve incluir o dorso, entre os dedos e o pulso.

3) A taxa de mortalidade do novo coronavírus é maior do que a de outras manifestações do vírus?

MITO. De acordo com estudo realizado pelo Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças (CCDC), a taxa geral de mortalidade do Coronavírus é de 2,3%. Em pessoas com mais de 80 anos chega a 14,8%. Em comparação a outros coronavírus já registrados, como a síndrome respiratória aguda grave (Sars) e a síndrome respiratória do Oriente Médio (Mers), o novo Coronavírus não é tão mortal. A taxa de mortalidade do Sars era de 10% e a da Mers em torno de 20% a 40%. No entanto, o nível de transmissão do novo Coronavírus é maior.

4) Cães e gatos e outros animais domésticos podem transmitir a doença?

MITO. Não há evidências de que animais domésticos podem ser via de transmissão do Coronavírus, mas se recomenda sempre lavar as mãos após brincar com os pets.

5) E o contato com a carne de animais silvestres, pode ser uma via de transmissão?

VERDADE. Além do contágio entre os humanos, existe também a possibilidade de contágio através de animais silvestres como morcegos e cobras.

6) Correspondências vindas da China correm o risco de transportar o novo coronavírus para outros locais?

MITO. O vírus sobrevive no máximo 24 horas fora do corpo humano, por isso não é possível que ele seja levado para outros locais do mundo através de objetos e cartas.

7) Existe vacina contra o novo coronavírus?

MITO. Assim como não há vacina, também não há tratamento específico. Tem sido indicado repouso, consumo de líquidos, alimentação saudável e algumas medidas para aliviar os sintomas, como medicamentos para dor e febre. No caso de febre persistente, o indicado é procurar o serviço médico.

8) Os sintomas são parecidos com os de um resfriado comum?

VERDADE. Em caso de febre, tosse e dificuldade para respirar, é preciso ficar alerta. Em alguns casos, também há complicações respiratórias, podendo evoluir para pneumonias.
 



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