Comitê reúne lideranças de Paraguaçu e alerta para retomada da quarentena se necessário

Se a população não adotar medidas de proteção contra a Covid-19, o sistema de Saúde de Paraguaçu Paulista poderá entrar em colapso.



A explanação dos dados foi feita pela diretora de Saúde de Paraguaçu, Cristiane Bonfim, que é integrante do Comitê de Gerenciamento de Crise para o Enfrentamento da Covid-19 e também faz parte da diretoria do COSEMS de São Paulo (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde), sendo uma das 23 representantes de todos os municípios do estado (Foto: Welton Guerin/Cedida)

O Comitê de Gerenciamento de Crise para o Enfrentamento da Covid-19, da Prefeitura de Paraguaçu Paulista, realizou reuniões com representantes de diversos segmentos da comunidade paraguaçuense para fazer um alerta: caso não ocorra uma mudança de comportamento da população, adotando principalmente o isolamento social, o uso de máscaras e o distanciamento entre pessoas quando em público, o sistema de Saúde de Paraguaçu Paulista poderá entrar em colapso diante do provável aumento de casos da doença no futuro.

A reunião foi para reforçar ainda que, de acordo com o Decreto nº 6.566, que determinou a reabertura gradual das atividades sociais e econômicas para reabertura do comércio, restaurantes e bares a partir de 1º de junho, o término da quarentena não significa o relaxamento das medidas sanitárias. A determinação é de que, a cada sete dias, a situação epidemiológica de Paraguaçu Paulista será reavaliada pelo Comitê de Gerenciamento de Crise e os protocolos poderão ser flexibilizados ou intensificados, com a retomada da quarentena se necessário.

Portanto, o objetivo do encontro com essas lideranças da comunidade paraguaçuense, foi o de que cada segmento compartilhe as informações em seu setor e conclame seus parceiros de trabalho, ou de grupo religioso ou de associação e instituição, para que propague a emergente necessidade nos cuidados redobrados a serem tomados na prevenção à Covid-19.

Foram convidados até dois representantes de clubes de serviço como a Loja Maçônica, Lions Clube, Rotary Clube, Academias de Ginásticas, Salões de Beleza, Imprensa, Câmara Municipal, Usinas, Indústrias, Laticínios, Associação Comercial e Empresarial, Igrejas Evangélicas e Igreja Católica. Para evitar a concentração de pessoas, as reuniões foram divididas em três horários diferentes e foram realizadas no anfiteatro do Departamento de Educação, Esporte e Lazer, na quarta-feira (10).

A explanação dos dados foi feita pela diretora municipal de Saúde, Cristiane Bonfim, que é integrante do Comitê de Gerenciamento de Crise para o Enfrentamento da Covid-19 e também faz parte da diretoria do COSEMS de São Paulo (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde), sendo uma das 23 representantes de todos os municípios do estado.

Acompanhada da coordenadora da Vigilância Sanitária, Iraciana Paiva, a diretora Cristiane Bonfim informou o que tem ocorrido nos últimos dias, pois com a flexibilização da quarentena de prevenção à Covid-19 e a reabertura do comércio, restaurantes e bares a partir do dia 1º, por meio do Decreto nº 6.566, tem ocorrido o aumento do número de notificações de casos suspeitos e de casos confirmados de Covid-19 em Paraguaçu Paulista.

"Se não houver uma grande mobilização agora, haverá um colapso na Saúde e Paraguaçu terá que aumentar as restrições de flexibilidade novamente. Estudos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por meio do modelo matemático de epidemiologia SEIR, para a região de Marília, à qual Paraguaçu Paulista é referenciada na Secretaria Estadual de Saúde, prevêem que poderá ocorrer um pico de casos de coronavírus (Covid-19) entre meados de julho e o mês de agosto. Isso quer dizer que se a população não se atentar urgentemente, não conseguiremos retroceder essa evolução do vírus, e em 13 de agosto - ou até antes - não haverá leitos de UTI disponíveis para quem precisar em nossa região. E mais, o simulador mostra ainda que ficaremos por quase um mês sem UTI, diante da realidade atual. É muito grave e preocupante", alertou a diretora Cristiane Bonfim.

Diante dessa situação, a recomendação para evitar que esse colapso ocorra é para que pessoas do grupo de risco, idosos e pacientes com idade acima de 65 anos fiquem em casa, observando rigorosamente o isolamento social. Lembrando que a colaboração da população é de extrema importância em três ações básicas:

•    Isolamento social;

•    Uso de Máscaras e 

•    Distanciamento de 1,5 m entre pessoas quando em público.
 



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