Mães com coronavírus podem amamentar, diz OMS

As mães só devem interromper a amamentação e se separar dos bebês caso se sintam mal em decorrência dos sintomas da doença.


(ANSA) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta sexta-feira (12) que mães com suspeita ou contaminadas com o novo coronavírus (Sars-CoV-2) podem amamentar seus filhos normalmente.

A declaração foi dada pelo diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante coletiva sobre a pandemia e dedicada à saúde das mulheres, crianças e adolescentes.

"Com base nos dados que temos, os benefícios da amamentação superam qualquer risco potencial de transmissão da Covid-19", explicou.

De acordo com ele, as mães só devem interromper a amamentação e se separar dos bebês caso se sintam mal em decorrência dos sintomas da doença.

Ghebreyesus ainda lembrou que "a pandemia da Covid-19 está se acelerando em países de baixa ou média renda" e por isso a OMS está "preocupada com as categorias que já acostumam ter dificuldade em acessar os serviços de saúde: mães, crianças e adolescentes".

"Os efeitos indiretos do coronavírus nesses grupos de pessoas podem ser mais graves do que o número de mortes causado pela própria Covid-19", enfatizou.

O alerta é dado enquanto que, na América Latina, nas últimas 24 horas, o número de infectados nos 34 países e territórios da região superou a barreira de um milhão e meio de casos e um total de 73.546 vítimas.

O país mais afetado é o Brasil, que ultrapassou a marca de 800 mil pessoas contaminadas e 40 mil mortes, com um aumento impressionante de 100 mil novas infecções nos últimos três dias.

Durante a coletiva, Ghebreyesus ressaltou a importância de se ter um medicamento contra o coronavírus para o mundo inteiro. "Todos os que precisam da vacina devem ter acesso a ela", afirmou, ao responder uma pergunta sobre as iniciativas da União Europeia (UE) para garantir o direito de compra para os países membros.

Para o diretor da OMS, "é preciso consenso político", principalmente porque "muitos líderes promoveram a ideia de tornar a vacina um bem comum. "Temos que continuar nesse caminho, é preciso um compromisso político global real antes mesmo de termos o produto", finalizou. (ANSA)
 



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