Dante Mantovani encerra a série de entrevistas com os pré-candidatos a prefeito de Paraguaçu

Ele foi, recentemente, Presidente da Funarte - Fundação Nacional de Artes, cargo de confiança do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).


Encerrando a nossa série com os pré-candidatos a prefeito de Paraguaçu Paulista, o i7Notícas entrevistou Dante Henrique Mantovani, do partido Republicanos. 

De família tradicional paraguaçuense, Dante Mantovani tem 36 anos e é Doutor em Estudos da Linguagem e empresário. Recentemente, ele ocupou um cargo federal, foi Presidente da Funarte - Fundação Nacional de Artes . 

Casado com a engenheira mecânica Milena Popovic, Dante é pai de Paulo Henrique, 2 anos, e Agnes 4 anos.

Confira a entrevista na integra:

I7Notícias: O que te motiva sair candidato a prefeito em Paraguaçu Paulista?

Dante Mantovani: Eu vejo que a cidade está travada, e eu quero ser prefeito para destravar a cidade, em todos os aspectos, mas, principalmente, na questão do emprego, pois hoje em dia é o maior problema na cidade é o desemprego. Graças a Deus, temos algumas empresas que dão emprego, mas ainda é pouco. Então, muitas pessoas estão indo embora de Paraguaçu por falta de emprego. Os empregos que existem aqui pagam pouco, porque a cidade não tem muito dinheiro aqui girando, então as pessoas que querem colocar um filho na escola particular, não podem porque a renda não permite. Quando você melhora o nível de renda da população, aí a população tem condição de acesso a serviços melhores, inclusive serviços de saúde. O plano de saúde, por exemplo, quando você ganha pouco, você não tem condições de pagá-lo. Eu quero dar a oportunidade para os jovens daqui de Paraguaçu criarem as suas empresas aqui, conseguirem o seu trabalho aqui, e não terem que ir embora de Paraguaçu. Hoje, quando o jovem faz 18 anos, ele tem que ir embora daqui, seja para estudar ou trabalhar. Como eu tenho filhos pequenos, me preocupo com isso também. A nossa cidade não está dando oportunidade para os jovens, inclusive em questão de cursos superiores. Hoje a nossa faculdade, a Faculdade Gammon, infelizmente, está de mal a pior, cada vez está com menos alunos. Precisamos de um plano para resgatar essa faculdade, para ampliar o número de cursos universitários. Melhorando a educação superior, também melhoramos a educação infantil, todos os aspectos da educação são melhorados, inclusive o emprego. Paraguaçu, hoje, é a cidade do já teve. Já teve Thermas. Já teve faculdade. Já teve turismo. Já teve emprego. Hoje, não temos mais nada. Temos que tirar Paraguaçu deste atraso, por isso eu quero ser prefeito.

I7Notícias: Quais as obras mais urgentes para a cidade de Paraguaçu Paulista?

Dante Mantovani: A estrada de acesso ao bairro Rancho Alegre, que é zona urbana. Temos 600 famílias que moram lá. Quando chove é difícil sair de lá ou entrar lá. Por exemplo, quando uma pessoa de 80 anos tem problema grave de saúde e a estrada está em péssimas condições, ela morre. Nem o Corpo de Bombeiros não consegue chegar lá. São crateras que se abrem ali. Tem que ser feito um trabalho para escoar a água das chuvas, colocar as valetas para escoar a água e junto com o asfalto possibilite que não tenha aquelas erosões e não impeçam de carros e motos passarem por lá. A intenção é asfaltar aquela estrada, com toda a infraestrutura necessária, para que a população não fique ali isolada dos serviços essenciais, que eles tenham direito, como cidadãos, que possam ter acesso à sua própria cidade. Também o bairro Lina Leuzzi, que também está isolado da cidade, nós temos que conectá-lo à cidade. Eu pretendo fazer um túnel ali para que as pessoas possam passar para dentro da cidade, pois ali é muito perigoso, você vê crianças, jovens e adultos atravessando ali o dia inteiro. Até agora não teve nenhum acidente grave naquele local, mas não podemos esperar isso acontecer para fazer um acesso melhor ali. O bairro já tem mais de 8 anos e até agora não foi feito um acesso ali. O Rancho Alegre tem mais de 20 anos e está com aquela estrada sem asfaltar ainda. Desculpe-me, isso não é sinônimo de competência, muito pelo contrário, na melhor das hipóteses, uma falta de visão muito grande. 

I7Notícias: Como o senhor avalia a administração da atual prefeita?

Dante Mantovani: Eu avalio que é uma administração muito fraca, muito devagar, tanto que estamos percebendo que está tudo travado na cidade. Eu acho que eles até queiram fazer uma boa administração, mas não conseguem, pois têm uma visão limitada. Paraguaçu pode muito mais. A cidade precisa entrar no século XXI, ela ainda está no século passado, além de não termos mais nada do que nós já tivemos. Nós já tivemos a faculdade, as Thermas, o time de futebol, turismo real. Eu me lembro que não cabia turistas na cidade, não tinha espaço. O meu pai precisou construir um hotel, ele já tinha dois, mas não cabiam os turistas. A faculdade era a mesma coisa, tinha lista de espera para alunos que queriam estudar, mas não tinha vaga na nossa cidade. O time de futebol nosso já esteve na segunda divisão. Um time que praticamente montou a Seleção Brasileira de 94, pois todos os jogadores, o Rivaldo, o Marcelinho Carioca, o Mazinho, o Marcelinho Paraíba, o Zinho, já passaram por aqui. E hoje não temos mais o nosso time. Eu até me arrepio de lembrar, eu já assisti todos os jogos do Paraguaçuense. Paraguaçu não pode ser a cidade do já teve, mas do temos, do podemos. Eu não prometo nada, mas o que eu prometo é que eu vou em busca de solução, pois ela existe. Eu trabalhei no governo federal e vi as coisas acontecerem, sei como acontecem e sei como as fazerem acontecer. 

I7Notícias: Quais áreas que o senhor deve dar prioridade no seu plano de governo?

Dante Mantovani: Três áreas eu darei oportunidade no meu plano de governo. A primeira é emprego. Vou dar emprego para a população, pois com emprego as pessoas têm acesso a serviços e muito mais. A segunda área é emprego. A terceira área é emprego também. 

I7Notícias:  O senhor já definiu o seu vice-prefeito ou ainda está estudando possíveis nomes?

Dante Mantovani: A gente conversa com várias pessoas, vários partidos e discutimos as possibilidades, mas não tem nada fechado ainda. Isso se acostuma resolver bem próximo as convenções partidárias, que definem os candidatos a prefeito e vice. Nem eu ainda sou candidato, vou ser após as convenções do partido se reunirem e assim decidirem e, concomitante, é feita a escolha do vice.

I7Notícias: O que o leva a acreditar que poderá vencer as eleições deste ano?

Dante Mantovani: É justamente o meu currículo, o meu histórico. Sou uma pessoa nascida e criada em Paraguaçu. Minha família é muito antiga aqui. O meu pai veio para Paraguaçu em 1940, temos aí 80 anos. É uma família tradicional da cidade. O meu pai sempre deu emprego aqui na cidade. Muitas e muitas pessoas tiveram o primeiro emprego com Dervil Mantovani. Além dos hotéis, meu pai já teve fábrica de sabão, já teve fazendas aqui e no Mato Grosso, a farinheira que é do Maróstica já foi do meu pai. Meu pai já foi representante comercial. Enfim, meu pai fez muita coisa, ele deu muitos empregos aqui. Eu já tive a oportunidade de dar empregos aqui e sei como isso é importante. O jovem quando recebe o primeiro emprego, aquilo marca a vida dele. Eu quero lutar por isso, quero dar continuidade. Eu nasci em uma época em que o turismo de Paraguaçu existia de fato. Eu, quando criança, frequentava as Thermas, o balneário, os eventos que tinham, como as Feiras das Nações, as feiras Agropecuárias. Não podemos ser a cidade do saudosismo, temos que viver do presente e não do passado. Um problema que eu também pretendo enfrentar, através do Departamento de Assistência Social, é o suicídio entre os jovens, que temos muito aqui. Quantas mães perderam os seus filhos para esta doença terrível que é a depressão, e ela acontece por falta de oportunidades, o jovem não vê sentido para a vida dele, não vê um emprego, um futuro, aí ele entra em depressão, aí chegam a cometer o suicídio. Quero resgatar o paraíso que foi Paraguaçu e levar para frente. Por isso, eu acho, que com toda a experiência que eu tenho, isso também passa pela minha atuação no governo federal. Como eu disse, eu vi como as coisas acontecem por dentro. Eu tenho acesso a muitos ministérios. Por exemplo, a ministra Damares Alves é a minha amiga pessoal, ela tem feito um trabalho fantástico no Ministério da Mulher e dos Direitos Humanos. Ela pode me receber em Brasília, por exemplo, se eu for eleito, e destinar muitos recursos para Paraguaçu, como para um projeto de prevenção ao suicídio. Então temos muitas possibilidades, muitas portas abetas, e podemos trazer muitas coisas para Paraguaçu. Na minha atuação dentro do governo, eu provei que tenho muita competência como administrador, porque os projetos que eu implementei na Funarte estão acontecendo mesmo depois da minha saída. No pouco tempo que eu fiquei lá, eu consegui triplicar o orçamento da Funarte. Isso tudo agora eu pretendo colocar à disposição do cidadão de Paraguaçu Paulista. 

I7Notícias: Estamos passando por um problema muito delicado que é o Coronavírus. Como o senhor vê as medidas executadas pela atual administração?

Dante Mantovani: Eu acho que foram impostas muitas restrições ao comércio e isso não tem um resultado efetivo. Eu acho que o comércio foi muito prejudicado com estas medidas, não só aqui, mas no Brasil inteiro. O comércio depende das suas vendas e os comerciantes daqui estão muito conscientes, eles adotaram todas as medidas. Eu não sou favorável ao fechamento do comércio. Claro que tem que tomar as medidas de higiene e profilaxia, mas eu sou contra o fechamento total do comércio. A limitação do horário, eu também não acho que resolve, pois o comércio vai, por exemplo, funcionar quatro horas durante o dia e não doze horas, aí todas as pessoas vão nestas quatro horas e vão aglomerar. Eu acho que, ao contrário, se deve aumentar o horário de funcionamento para ter menos pessoas ao mesmo tempo dentro do comércio. Eu acho também que hoje, como eu vi, parece que não tem nenhuma pessoa da UTI, mas caso se estivéssemos com a UTI cheia, o que eu faria, é ampliar os leitos para não ficar sobrecarregado o nosso hospital. Graças a Deus, aqui não chegamos a esse ponto e não foi preciso construir mais leitos de UTI. O critério, inclusive para estas classificações que estão sendo feitas, é a ocupação dos leitos de UTI. Se os leitos não estão todos ocupados, está uma beleza, mas temos que tomar cuidado e, quem sabe, ampliar mais a quantidade de leitos de UTI.

I7Notícias: Deixe uma mensagem ao leitor do i7Notícias?

Dante Mantovani: Eu tenho vontade de criar aqui na nossa cidade uma nova Paraguaçu. Nova porque resgatar todas as coisas boas que a cidade já teve, nossas tradições, nossos potenciais, tudo aquilo que já mencionei aqui vamos resgatar. Vamos ultrapassar os limites, porque o que a gente vê hoje é uma cidade travada, que não respira, que está sempre do mesmo jeito. Vamos tirar as travas, as amarras, para ser uma nova Paraguaçu. Vamos fazer isso com muita seriedade, com muito comprometimento com o povo, até porque temos aí um histórico de vida, uma reputação, que estamos colocando à disposição do povo. Graças a Deus, eu entreguei resultados excelentes por onde eu passei. Eu não fui apenas presidente da Funarte, mas eu exerci outros cargos dentro das univerdidades, das escolas, como empreendedor também eu gerei muitos feitos, muitos empregos. Escrevi livros. Sou diretor do festival de músicas de Paraguaçu Paulista desde 2017. Criei esse festival do nada, fiz ele acontecer sem nada de recurso. Criei a Orquestra Jovem de Paraguaçu, um projeto social que tem 11 anos aqui, junto com o projeto pró-música. Eu tenho uma folha de serviços prestados à sociedade. Levei uma equipe muito séria para o governo federal, nomeei essas pessoas, que continuam lá ainda. Eu sendo prefeito, podemos ampliar muito esses programas para Paraguaçu, pois tudo na cidade depende do prefeito, e nós precisamos ter um prefeito que esteja aliado ao governo federal, que tem um conhecimento, um currículo e contatos políticos fortes. Vamos parar com esta postura de ter medo, ser desesperançoso. Temos que olhar para o futuro, pois Paraguaçu tem solução, mas para isso temos que superar o medo.



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