Quarentena aumentará desemprego em Paraguaçu Paulista, segundo levantamento da ACE

Sem contrapartidas do Governo, desemprego poderá ser recorde e um efeito dominó poderá levar o comércio local ao colapso.


No Brasil, segundo dados do Ministério da economia, foram perdidos 1,2 milhões de empregos com carteira assinada só no primeiro semestre de 2020. A FACESP (Federação das Associações Comerciais do estado de São Paulo) e a ACSP (Associação Comercial de São Paulo) estimam que em média entre 10% a 20% dos 9 milhões de funcionários do setor do comércio perderão o emprego por causa dos desdobramentos da pandemia.

Em Paraguaçu Paulista, pela implementação da fase vermelha na DRS Marília, a Associação Comercial e Empresarial local  prevê um cenário caótico nos próximos meses, caso não aconteça uma flexibilização mínima ou uma ação do governo no sentido de socorrer as empresas que já sofrem com os reflexos provocados pela pandemia.

Segundo o presidente da ACE, Fábio Santos, o comércio já vinha sofrendo nos últimos anos com a crise econômica. “Agora, vemos que um efeito dominó poderá transformar a economia local em um caos. O desemprego causado pela pandemia poderá acarretar ainda novas demissões e assim com menos pessoas trabalhando, menor será o faturamento das empresas, ocasionando um aumento progressivo no número de desempregados”.

A Associação Comercial e Empresarial de Paraguaçu Paulista fez um levantamento de dados com objetivo de estimar o impacto da fase vermelha do Plano São Paulo nos números de empregos em nosso município. Segundo os dados dos entrevistados por telefone, 71% dos empresários paraguaçuenses demitiriam funcionários caso o cenário de fechamento do comércio se estendesse nas próximas semanas, sendo que o número estimado de demissões chegaria a 29%.

Para o diretor da ACE, Juninho do Peg Pag Lima, o comércio atua como agente controlador, pois aberto faz com que seus funcionários e clientes usem máscara e álcool 70%, além de seguirem as medidas de prevenção. “Assim vemos que as atividades reguladas pelos decretos tem feito seu papel, o que não acontece com os seguimentos não regulados como praças e locais públicos como praias e etc, que na maioria das vezes estão lotadas e seus usuários além de aglomerados não utilizam máscaras”.

A entidade compreende que as medidas de contenção da epidemia são necessárias, porém entende que deve haver uma maior conscientização da população e um bom senso das autoridades nas medidas impostas, no sentido de preservar vidas e os empregos e a vida econômica do município. 
 



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