Marília já tem nove variantes e cepa de Manaus circulando na cidade

A variação chamada de P.2, descoberta inicialmente no Rio de Janeiro, é a predominante na região, presente em 60,6% dos casos.



Leitos lotados em Marília; variante de Manaus já circula na cidade (Foto: João Carvalho/Relatos de uma Pandemia)

O Instituto Adolfo Lutz (IAL) divulgou o mais completo estudo sobre variantes do coronavírus que estão atingindo diferentes regiões de São Paulo. Em Marília e municípios vizinhos, foram encontradas pelo menos nove mutações do vírus. A variação chamada de P.2, descoberta inicialmente no Rio de Janeiro, é a predominante na região, presente em 60,6% dos casos.

A circulação de mais de uma variante de Manaus – as mais preocupantes – foi detectada em 12,12% das amostras de Marília, sendo 9,09% da B.1.128 e 3,03% da temida P.1, que seria a mais transmissível e versão do vírus responsável pela mudança no perfil etário da doença no país, em comparação com a primeira onda.

Na região de Marília foi constatada ainda 9,09% da variante que foi identificada pela primeira vez no Reino Unido (B.1.177) e provocou bloqueio internacional à ilha, no final do ano passado.
Conforme explica o professor de fisiopatologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Marília, Vitor Engracia Valenti, as variantes de Manaus e do Reino Unido são as que mais preocupam os cientistas atualmente.

“Esse monitoramento é muito importante, a fim de identificar padrões nestas variantes que possam provocar efeitos na pandemia. Há muitos questionamentos, que ainda serão respondidos, sobre a transmissibilidade e os efeitos do vírus no organismo”, explicou.

Ele explica que ocorreu uma ‘corrida’ entre as variantes e a falta de controle da pandemia é o que pode causar mais mutações no vírus, que se adapta para sobreviver.


Gráfico mostra porcentagem das variantes presentes em Marília e região (Arte: Instituto Adolfo Lutz)


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