Comparsas já estão identificados; PM continua com as buscas
Juninho foi detido quando observava ação junto à mulheres e crianças
Foto: Ricardo Prado
Aproximadamente 50 policiais militares fortemente armados e 15 viaturas foram mobilizados ontem a tarde na captura de bandidos que assaltaram um malote, balearam duas vítimas e fugiram em um carro roubado.
Megaoperação terminou com a prisão de Humberto Garcia Júnior, 18, mais conhecido como “Juninho”, e com a identificação de outros dois suspeitos que ainda estão sendo procurados e os nomes mantidos em sigilo.
O acusado preso foi reconhecido através de foto pelas vítimas, que após serem baleadas foram internadas no Hospital das Clínicas e passam bem. Juninho está na cadeia de Garça.
A tentativa de assalto ocorreu quando o encarregado de obras, que teve identidade preservada, chegava na obra, na rua Palmares, Alto Cafezal, para pagamento de funcionários.
“Ao me aproximar da construção, fui abordado pelos ladrões. Um deles estava armado”, disse a vítima. Ação foi rápida e ocorreu por volta das 15h.
O trabalhador já havia entregue parte do dinheiro, cerca de R$ 1 mil, quando os demais funcionários da construção chegaram. Assustado, o criminoso armado efetuou dois disparos. Em seguida, ele e os outros bandidos fugiram em Volkswagen Gol cinza.
Os trabalhadores Leonardo Neves, 34, e Hércules Vieira Venâncio, 29, foram baleados. Um dos tiros atingiu de raspão o tórax e o braço direito de Neves; a outra, o braço esquerdo de Venâncio.
Acionada, a Polícia Militar iniciou o cerco até que o carro foi visto pela Rodovia do Contorno (SP-294). Logo depois, foi achado abandonado na rua Jupira Souto, próximo à entrada da favela do Argolo Ferrão. A placa estava adulterada.
Armados de pistolas e até fuzis, os policiais fizeram varredura na favela. Após quase duas horas de buscas, Juninho foi detido. Ele estava sentado entre mulheres e crianças e observava toda a ação policial como se nada tivesse ocorrido.
Na hora ele não resistiu a prisão. Foi levado ao Plantão Policial, onde prestou depoimento e passou por exame de corpo de delito no IML (Instituto Médio-Legal).
O caso foi registrado como tentativa de latrocínio. A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) tenta apurar se houve a participação de uma quarta pessoa, além do destino do dinheiro e da arma. Carro foi periciado e laudo será emitido pelo Instituto de Criminalística em 30 dias.
“Ponto chave para o sucesso nesta ocorrência foi o rápido encontro do carro usado por eles e a ajuda de moradores”, disse o tenente José Thomaz Costa Júnior.
Fonte: Diário de Marília
