Como está o seu humor?


Mas e ai? Você se considera uma pessoa bem humorada? 

Como está seu humor hoje?

O seu humor atrapalha, encomoda alguém?

Confesso que as vezes sou bem mal humorada, mas sempre tem motivos...

Chega de tantas perguntas, pois isso já está me deixando de mau humor! 

Brincadeirinha! Enganei o bobo, nas casca do ovo... 

Piadas à parte, para entender o significado e a relevância deste assunto tão vital para a saúde física, mental e espiritual do ser humano, pesquisei a origem e o significado da palavra humor. Aprendi que ela vem do termo grego Eutimia, que significa "equilíbrio do humor" (eu = normal e timo = humor). 

As origens da palavra se na Medicina Humoral dos antigos gregos - uma mistura de fluídos ou humores, controlados pela saúde e pela emoção humana. Saber exatamente quando o termo surgiu é difícil, mas na obra do filósofo romano Sêneca (4aC - 65dC) podemos ter uma idéia da importância do equilíbrio do humor na vida das pessoas. Em A Tranqüilidade da Alma, Sereno pede a Sêneca uma orientação sobre uma importante questão existencial, uma espécie de inconstância da alma que o incomodava. Sêneca responde que o objeto das aspirações dele é uma grande e nobre coisa, bem próxima de ser divina, que é a ausência da inquietação. 

Aprendi também que "humor" é uma forma de entretenimento e comunicação humana para fazer com que as pessoas riam e se sintam felizes. Na Indústria do Entretenimento, por exemplo, dá-se o nome de humorista aos profissionais do humor, independentemente do meio em que ele atua. 

A televisão (Herman José, Jô Soares), o teatro e o cinema (Charles Chaplin, Buster Keaton, Jim Carrey) têm um lugar privilegiado para estes profissionais, mas também os livros (José Vilhena, em Portugal), revistas e jornais podem ser um terreno fértil para a arte de fazer rir. 

Felizmente, nos dias de hoje, o humor é um recurso transversal, ou seja, os benefícios eficazes de seus efeitos são utilizados largamente na Medicina, na Psiquiatria e na Psicologia Clínica, assim como no ambiente organizacional, na educação escolar e na Universidade Corporativa. 

Eu acho e afirmo que os felizes são mais queridos pelos outros e tendem a ser mais tolerantes e criativos. Proponho que a felicidade deve ser um exercício diário, feito com gentileza, originalidade, humor, otimismo e generosidade. 

Conheci pessoas comuns que são verdadeiros humoristas da vida cotidiana, fazendo dela uma verdadeira comédia num teatro de arena, em vários atos. 

Preste atenção nessa história:

Luis foi visitar um caseiro de uma pequena propriedade rural que possuí. num certo dia em que ele não estava trabalhando, ele perguntou à sua esposa onde ele estava, e ela me respondeu: 

-O Inocêncio foi até a cidade fazer as compras do mês e deve estar para chegar. 

Enquanto ele o aguardava, foi vistoriar suas feitorias. Após algumas horas de espera, avistou uma carrocinha se aproximando pela estrada e notou que a mesma parava a cada 100 metros. Aquela atitude despertou a curiosidade, por isso foi se encontrar com ela na estrada. Chegando mais perto da carroça, notou que Inocêncio parava a carrocinha e descia, andando pelo terreno como se estivesse procurando algo. Ao mesmo tempo falava consigo mesmo e gargalhava muito: 

- Ha ha ha ha! Como pude fazer isso? O meu bolso está furado! Ha ha ha ha! 

E Luis se surpeendeu: 

– Inocêncio, boa tarde! O que aconteceu de tão engraçado? 

Ele também já estava sorrindo, contagiado pelo seu bom humor, quando ele respondeu: 

- O "seu" Luis, boa tarde! O senhor não vai acreditar no que aconteceu comigo! Fui até o mercadinho para fazer as compras do mês e depois de ter enchido o carrinho com as mercadorias, fui pagar no caixa e quando pus a mão no bolso, surpresa! Cadê o dinheiro? Pois, é "seu" Luis, perdi todo o meu salário e não pude trazer a comida! Ai, a patroa vai me matar! Ha ha ha ha! 

Ele estava assustado: 

– E você ainda ri dessa situação? 

E ele, calmamente, me respondeu: 

- Mas, "seu" Luis, adianta ficar nervoso e xingar? Isso não vai resolver nada, e ainda vai piorar minha gastrite. 

O Luis Ficou sem graça, e a única coisa que pode fazer foi adiantar para ele o salário do mês seguinte, debitando o valor em parcelas nos meses seguintes. 

Para mim, esta foi uma lição de humor e irreverência com as adversidades da vida. 

O senso de humor é hoje considerado por pesquisadores do comportamento humano como diferencial competitivo em qualquer carreira profissional. Associado a outras competências, ele é essencial para o sucesso de qualquer profissional! 

Não podemos nos esquecer de que humor é coisa séria! 

E você, tem senso de humor? 


Patrícia Ribeiro

 

 



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