Em cinco horas, polícia registrou quatro roubos na cidade
Marília viveu mais uma madrugada violenta. Em apenas cinco horas uma série de assaltos registrados, alguns com reféns como caso da família do advogado Avamor Berlanga Barbosa, 65, que teve a chácara no residencial Serra Dourada invadida por três bandidos armados.
O crime ocorreu por volta das 20h40 de segunda-feira e durou quase duas horas. O advogado e a família – esposa e filha do casal – estavam em casa quando foram surpreendidos pelos ladrões, todos encapuzados.
As vítimas foram amarradas com gravatas e colocadas em cômodos separados. Os assaltantes reviraram o imóvel e fugiram levando dinheiro, eletrônicos, roupas, garrafas de bebidas e três armas de fogo, entre elas uma pistola e um revólver calibre 38, além de celulares.
“Meu pai atuou na esfera criminal por 40 anos. Durante o assalto, ainda disse aos ladrões que se dedicou a defendê-los e agora era vítima. Eles responderam que pouco se importavam”, disse Tayon Berlanga, filho de Avamor e atual presidente da OAB de Marília, que ontem à tarde atendeu a imprensa. Seu pai abalado não deu entrevista.
Na nova onda de violência a polícia registrou cinco assaltos entre às 21h e às 2h da madrugada. Além do advogado, estudantes e empresas foram os alvos dos bandidos.
Apesar da violência, ninguém foi preso até agora. A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) já iniciou a apuração do crime.
A primeira vítima da onda de roubos foi a estudante Maiara Cristine Pinheiro de Oliveira, 21, às 21h. A jovem pilotava bicicleta pela rua Pio X, Jardim Vista Alegre, zona sul, quando foi abordada por um homem desconhecido.
O criminoso, segundo ela alto, forte, branco e careca, a ameaçou e exigiu que entregasse o veículo. A estudante ainda relutou, mas o ladrão tomou a bicicleta e fugiu sentido BR-153.
Às 23h, alvo foi posto de combustíveis na Avenida da Saudade, na zona oeste. O frentista Everton Francisco Moraes Silva foi rendido por dois homens, ambos armados com revólver.
A dupla roubou R$ 280 que estava no caixa e fugiu em moto. Placas e características do veículo, no entanto, não foram anotadas. Segundo Silva, os dois ladrões usavam bonés.
Já durante a madrugada, por volta das 2h, o estudante Lucas Marins Nishikito, 20, voltava para casa e dirigia pela Avenida República. Ao parar em semáforo no cruzamento com a rua Dermânio da Silva Lima, no Palmital, foi abordado por um homem armado com pistola.
O jovem foi obrigado a entregar a carteira, com documentos pessoais e R$ 70, e depois "liberado" pelo assaltante. Nishikito disse à polícia desconfiar que o bandido tinha uma comparsa, uma mulher negra e magra, que estava parada na esquina.
Fonte: Diário de Marília