Padres investigados por abusos sexuais contra seminarista são afastados por Diocese

Denunciante, hoje com 36 anos, afirma ter sido estuprado por um dos padres quando tinha 16 anos.



Denunciante, hoje com 36 anos, afirma ter sido estuprado por um dos padres quando tinha 16 anos

A Diocese de Assis informou nesta terça-feira (31) que afastou os dois padres denunciados por cometerem abusos sexuais contra um seminarista. Os abusos teriam ocorridos entre anos de 2002 e 2003, quando o denunciante tinha 16 anos. A Polícia Civil investiga o caso.

O homem que se apresenta como vítima dos religiosos, hoje ex-seminarista e com 36 anos, registrou na último quinta-feira (26) um boletim de ocorrência para reforçar as denúncias feitas por ele no passado ao Tribunal Interdiocesano localizado na mesma cidade.

No documento divulgado pela Diocese, a instituição religiosa destaca que o afastamento das funções sacerdotais é uma medida cautelar enquanto a investigação das denúncias está em andamento e que, após as apurações, se não ficar comprovado a medida cautelar será revogada.

A Diocese também foi questionada em relação ao andamento do processo interno, porém não se manifestou.

Investigação policial
A Delegacia de Defesa da Mulher confirmou que foi aberto um procedimento para apurar o caso, e que as primeiras diligências devem ser realizadas nos próximos dias. Detalhes não foram passados, já que a apuração corre em sigilo.

A vítima afirmou, inclusive, ter localizado outras vítimas dos supostos abusadores e garantiu que existe um parecer da Santa Sé, em Roma, sede da Igreja Católica, para prosseguimento da apuração interna devido à riqueza de detalhes de sua denúncia ao tribunal religioso.

Procurada, a assessoria de imprensa do Vaticano não se manifestou até a última atualização.

Abusos
O ex-seminarista afirmou que demorou tanto tempo, cerca de duas décadas, para denunciar o caso por conta dos traumas envolvidos, trabalhados ao longo de muitos anos de tratamento psicológico.

Segundo seu relato, ele foi estuprado por um padre em 2002 e depois manteve uma relação por dois anos com o segundo, que o teria "ludibriado" após obter sua confissão sobre a violência sexual sofrida anteriormente.



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