Briga envolvendo policial termina com homem baleado na boca


Vítima teria tentado atear fogo no terreno vizinho à casa do policial

 

De acordo com o Jornal Diário de Marília, um homem ainda não identificado está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital das Clínicas em estado grave após ser baleado com um tiro na boca por um policial militar sábado à noite supostamente por agressão e resistência à prisão.

O caso aconteceu no início da noite na rua Antônio Rosa de Oliveira Filho, no bairro Prolongamento Palmital, zona norte. A vítima teria invadido terreno ao lado da casa do policial Luciano Carvalho, 41.

Em seguida, teria dito ao filho do soldado, menor de idade, que atearia fogo no local e ainda ameaçou o jovem, que relatou o ocorrido ao pai, que estava de serviço. Carvalho se deslocou até o terreno e tentou conversar, sem sucesso.

Segundo consta na ocorrência, policial e o homem começaram a discutir, os dois entraram em luta corporal e houve o disparo.

Em depoimento a Polícia Civil, o PM Carvalho afirmou que o tiro foi dado pelo próprio homem, quando na luta a vítima teria pegado sua arma e puxado o gatilho atingindo o próprio rosto.

O revólver, uma pistola ponto 40, foi apreendida pela corporação e o caso registrado como resistência a força policial. Boletim de ocorrência foi encaminhado ao 1º Distrito Policial, que instaurou inquérito para investigar o caso. Laudo do Instituto de Criminalística é aguardado pela delegacia no prazo de 30 dias.

A vítima, que não portava documentos, é morena e trajava calça jeans e camiseta amarela no dia do fato. Até ontem, segundo a assessoria de imprensa do HC, não foi procurada por ninguém. O homem carregava também uma mochila com outras peças de roupas, um cachimbo de crack e uma faca.

Segundo o hospital, estado de saúde dele é grave e corre risco de morte. Ele está em coma induzido e respira com o auxílio de aparelhos.

A reportagem tentou contato com o policial Carvalho ontem à tarde, foi até a casa dele por volta das 15h, mas ele não foi encontrado.

 

Policial envolvido afastado das ruas

De acordo com o setor de comunicação da Polícia Militar, o policial militar envolvido no caso será submetido à avaliação psicológica e fica afastado do policiamento preventivo até que o fato seja esclarecido.

“Estas são medidas preventivas. Também é instaurado inquérito policial militar que visa avaliar se ele agiu de acordo com as normas da corporação. Prazo é de 45 dias”, afirmou o capitão Marcelo Martins.

Se for comprovado que Carvalho agiu conforme o regulamento da Polícia Militar, ele retoma as suas atividades assim que o inquérito for concluído. Por outro lado, se houver indícios de força exagerada, o policial poderá sofrer sanções que vão de uma simples suspensão até a exoneração.

 



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