Policial militar investigado por feminicídio morre no Hospital Regional

Kássia Ketlin Teixeira dos Santos, de 18 anos, foi encontrada morta com ferimento de arma de fogo; o policial militar Robson Silva de Lima, de 32 anos, é suspeito de matar a namorada.



Kássia Ketlin Teixeira dos Santos, de 18 anos, foi encontrada morta com ferimento de arma de fogo; o policial militar 
Robson Silva de Lima, de 32 anos, é suspeito de matar a namorada

O policial militar Robson Silva de Lima, de 32 anos, suspeito de matar a namorada no último dia 5 de outubro em Teodoro Sampaio, morreu na madrugada desta segunda-feira (17) no Hospital Regional (HR) de Presidente Prudente.

O HR informou, por meio de nota, que “devido à gravidade do seu quadro clínico, seu óbito foi constatado às 3h25 da madrugada desta segunda-feira (17)”.

Robson estava hospitalizado desde o dia 5 de outubro, quando foi encontrado com ferimento de tiro na cabeça em uma residência no bairro CDHU, em Teodoro Sampaio. No mesmo local, a namorada Kássia Ketlin Teixeira dos Santos, de 18 anos, foi encontrada morta com ferimento de arma de fogo. A Polícia Civil trata o caso como feminicídio.

Relembre o caso
De acordo com informações da Polícia Civil, a mãe da vítima não conseguiu fazer contato com ela e acionou a Polícia Militar, por meio do 190. Uma equipe foi encaminhada até a residência, na madrugada do último dia 5 de outubro, e tentou contato com o casal, mas não obtiveram resposta. Sobre o muro, através de uma janela, visualizaram manchas de sangue nas paredes, o que teria motivado a equipe adentrar ao quintal, segundo o delegado responsável pelo caso, Edmar Rogério Caparroz.

Entre a sala e um dos quartos do imóvel, eles encontraram a mulher sem vida e com marca de disparo de arma de fogo na região do rosto. Já o homem foi encontrado desorientado e também com ferimento de arma de fogo, que atravessou a cabeça e atingiu internamente a região dos olhos.

"O cenário apresentado, analisando com a perícia, as lesões, o encontro da disposição dos móveis na casa, indicam que, por motivos a serem esclarecidos, ele efetuou um disparo de arma de fogo, com a arma da corporação, que atingiu a face da vítima, logo abaixo do olho direito. Provavelmente, o que indica, é que ele teria praticado suicídio. Teria efetuado um disparo contra a própria cabeça, que essa munição transfixou e atingiu internamente a região dos olhos”, relatou ao g1 o delegado responsável pelo caso, Edmar Rogério Caparroz.

O Corpo de Bombeiros foi acionado, o homem foi socorrido para o hospital do município, onde foi entubado e transferido para o Hospital Regional (HR) de Presidente Prudente.

Ainda conforme o delegado, as duas cápsulas das munições foram encontradas no interior da residência, a arma utilizada era da corporação e também foi apreendida. Além disso, três aparelhos celulares foram recolhidos pelos policiais.

Na residência também foi encontrado um bebê, com cerca de um ano, filho da vítima em um outro relacionamento. A criança foi entregue para familiares da mulher e passa bem.

Segundo Caparroz, não há registros formais de desentendimentos entre o casal, mas as diligências iniciadas durante a madrugada, por meio de entrevistas com vizinhos, amigos e familiares, apontaram brigas frequentes entre eles, motivadas, aparentemente, por ciúmes mútuo.

Ainda conforme o delegado, o policial militar é tratado como suspeito de cometer o feminicídio e é preciso esclarecer a dinâmica dos ferimentos no interior da casa.

De acordo com Caparroz, eles aguardam os laudos periciais e seguem com as investigações para tentar entender o que, de fato, aconteceu.

 



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