Elas foram gravadas arrastando o saco em que o corpo do aposentado estava e o abandonando em uma calçada na área central da cidade (Reprodução UOL)

A Polícia Civil de Marília (SP) conseguiu localizar e ouvir o taxista que se recusou a transportar o saco com o corpo do aposentado Donizete Rosa, 60, em seu veículo na madrugada de quarta-feira (9). Para ele, as suspeitas teriam dito que no embrulho tinha mármore, joias e meio milhão de reais. 

As irmãs Wânia Santos Silveira, 52, e Andrea Santos Silveira, 49, foram presas preventivamente suspeitas pela morte do homem. Elas foram gravadas arrastando o saco em que o corpo do aposentado estava e o abandonando em uma calçada na área central da cidade. Segundo a Polícia Civil, elas não têm passagem policial e ainda não têm defesa constituída. 

O delegado Luiz Marcelo Sampaio, responsável pelas investigações, relatou ao UOL que testemunhas começaram a ser ouvidas. Segundo o taxista que rejeitou a corrida, ele não sabia o conteúdo real do saco plástico
"Ele contou que, ao chegar no prédio em que elas moram, uma das irmãs pegou uma sacola com terços e velas e colocou no banco traseiro. Em seguida, elas subiram no apartamento e desceram carregando um saco plástico. Quando ele foi ajudá-las a colocar o embrulho no porta-malas, percebeu que estava pesado e as questionou. As mulheres teriam dito que no saco tinham mármore, joias e meio milhão", afirma o delegado. 
Segundo o depoimento, as irmãs teriam dito ainda que realizariam um "ritual". 

Ainda segundo a polícia, após essa explicação o motorista se recusou a fazer a corrida e deixou o local. O profissional fazia o transporte das irmãs há mais de dois anos e disse que não desconfiou do crime.
"Ele ficou sabendo no dia seguinte quando viu a repercussão do caso. Não acreditamos que ele tenha envolvimento no crime", acrescenta o delegado.