Inquérito de feminicídio aponta que policial militar assassinou jovem de 18 anos por ciúmes

Crime vitimou Kássia Ketlin Teixeira dos Santos em 4 de outubro de 2022. Depois de 13 dias internado, Robson Silva de Lima morreu no Hospital Regional (HR), em Presidente Prudente.



Crime vitimou Kássia Ketlin Teixeira dos Santos em 4 de outubro de 2022. Depois de 
13 dias internado, Robson Silva de Lima morreu no Hospital Regional (HR), em Presidente Prudente

A Polícia Civil concluiu, nesta terça-feira (3), o inquérito policial que investigou o feminicídio de Kássia Ketlin Teixeira dos Santos, de 18 anos, na cidade de Teodoro Sampaio. Segundo o documento, o policial militar Robson Silva de Lima, de 32 anos, teria atirado contra a vítima com uma arma da corporação em que trabalhava motivado por ciúmes durante uma discussão, no dia 4 de outubro de 2022.

O homem, após o assassinato, ainda disparou um tiro contra a sua própria cabeça.

Ele foi socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 17 de outubro de 2022, no Hospital Regional (HR), em Presidente Prudente, onde estava internado.

O delegado Edmar Rogério Dias Caparroz, responsável pelas investigações, detalhou a conclusão do inquérito e afirmou que as apurações confirmaram que o crime aconteceu durante uma discussão motivada por ciúmes.

"Concluído o inquérito policial que apura as circunstâncias da morte da jovem Kássia e do policial militar Robson. As percepções iniciais foram confirmadas. Concluiu-se que o policial militar, motivado por ciúmes, efetuou um disparo, com a arma da corporação, a curta distância, atingindo o rosto da vítima e acarretando na sua morte instantânea. Em sequência, o policial atira contra a sua própria cabeça, acaba sendo socorrido, mas, dias depois, evolui a óbito no Hospital Regional de Presidente Prudente", disse Caparroz.

Conforme o inquérito, a jovem foi morta por conta de um disparo que a atingiu na região malar esquerda, transição com região nasal, logo abaixo da região orbitária.

Já o homem, depois de 13 dias internado, morreu por traumatismo cranioencefálico, após atirar contra si mesmo na região temporal esquerda do crânio.

Relembre o caso
De acordo com informações da Polícia Civil, a mãe da vítima não conseguiu fazer contato com ela e acionou a Polícia Militar, por meio do 190. Uma equipe foi encaminhada até a residência, na madrugada do último dia 5 de outubro, e tentou contato com o casal, mas não obtiveram resposta. Sobre o muro, através de uma janela, visualizaram manchas de sangue nas paredes, o que teria motivado a equipe adentrar ao quintal, segundo o delegado responsável pelo caso, Edmar Rogério Caparroz.

Entre a sala e um dos quartos do imóvel, eles encontraram a mulher sem vida e com marca de disparo de arma de fogo na região do rosto. Já o homem foi encontrado desorientado e também com ferimento de arma de fogo, que atravessou a cabeça e atingiu internamente a região dos olhos.

"O cenário apresentado, analisando com a perícia, as lesões, o encontro da disposição dos móveis na casa, indicam que, por motivos a serem esclarecidos, ele efetuou um disparo de arma de fogo, com a arma da corporação, que atingiu a face da vítima, logo abaixo do olho direito. Provavelmente, o que indica, é que ele teria praticado suicídio. Teria efetuado um disparo contra a própria cabeça, que essa munição transfixou e atingiu internamente a região dos olhos”, relatou ao g1, um dia após o crime, o delegado responsável pelo caso, Edmar Rogério Dias Caparroz.



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