Cães são resgatados após constatação de maus tratos

Famintos, os cães estavam se devorando entre si e os cachorros mais velhos comiam os filhotes.



Famintos, os cães estavam se devorando entre si e os cachorros mais velhos comiam os filhotes

Policiais militares de Assis receberam denúncia anônima de que em uma casa, localizada no Jardim das Acácias, estava ocorrendo maus tratos a animais, no sábado (4).

Na residência, os policiais já constataram do lado externo um local em condições totalmente insalubre, com fezes e urina de animais por toda área e garagem do imóvel, exalando forte odor, além de dois filhotes de cães mortos, sendo que um deles estava com o corpo dilacerado e outro estava servindo de alimento para um cão adulto.

No interior do imóvel ainda havia outros animais em situação precária, com urina, fezes de rato e um forte odor que incomodava os vizinhos.

De acordo com os policiais civis e militares, uma das cenas que mais os chocou foi a dos animais dilacerados, sendo que os cachorros maiores estavam comendo os filhotes, havia carcaças de alguns desses animais que foram comidos pelos outros. Os cães são de raça indefinida.

O delegado de plantão Marcelo Armstrong Nunes esteve no local com sua equipe e mostrou-se chocado com que presenciou. De acordo com as informações do delegado, um homem de 64 anos compareceu ao local afirmando ser o proprietário dos animais e dizendo estar cuidando dos cães, que havia ração para los alimentá-los. O homem disse ainda que dormia na casa onde os cachorros estavam, porém, a moradia não condiz com a situação precária que se encontra, pois segundo a polícia, trata-se de um local inóspito para um ser humano.

Foi solicitada a presenã dos representantes da ONG Só Bichos de Assis que relataram jamais terem presenciado uma situação tão degradante como esta. Os animais vivos foram custodiados ao responsável legal da ONG.

O acusado foi autuado em flagrante por crime ambiental do artigo 32, paragrafo 1.º a que, segundo o delegado, é inafiançável. O acusado foi encaminhado para a Cadeia Pública de Lutécia e ficou à disposição da Justiça até passar pela audiência de custódia.

Na audiência, no entanto, o denunciado foi colocado em liberdade. De acordo com o delegado que investiga o caso, Marcelo Armstrong, o homem passou por audiência de custódia e deverá responder pelo crime em liberdade.



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