Polícia conclui inquérito e pede prisão de motorista pela morte de estudante

Catarina Mercadante tinha 22 anos e morreu no acidente na rodovia quando seguia de Assis, onde morava para Marília, onde cursava medicina. Motorista da caminhonete fez ultrapassagem em local proibido.



Catarina Mercadante tinha 22 anos e morreu no acidente na rodovia quando seguia 
de Assis, onde morava, para Marília, onde cursava medicina. Motorista da caminhonete fez 
ultrapassagem em local proibido e vídeo mostra a irregularidade

O delegado responsável pela investigação sobre o acidente que matou uma jovem estudante de 22 anos em janeiro deste ano, concluiu o inquérito sobre o caso e pediu a prisão preventiva do outro motorista envolvido na colisão, que aconteceu na Rodovia Rashid Rayes (SP-333), em Echaporã.

O pedido ainda precisa ser analisado pelo Ministério Público do estado de São Paulo, para onde o inquérito foi encaminhado. A vítima fazia o trajeto entre Assis, onde morava, e Marília (SP), onde estudava medicina.

A investigação sobre o caso que causou comoção na região ficou sob responsabilidade do delegado Marcelo Sampaio, para quem Luís Paulo Machado de Almeida, de 20 anos, assumiu o risco de matar já que “extrapolou os limites da imprudência”.

Luís Paulo atingiu de frente, com a camionete que dirigia, o carro conduzido por Catarina. O jovem trafegava na contramão em um trecho em que ultrapassagens são proibidas. Ele alegou que cochilou, mas essa hipótese foi descartada pela investigação.

O delegado descreve no relatório final do inquérito que “o motorista estava lúcido e acordado, pois freou antes do embate contra o veículo”.

O documento cita inclusive a existência de vídeo que mostra a ultrapassagem ilegal, além do depoimento de testemunhas.

Para o delegado, “fica evidente que o autor assumiu o risco de produzir o resultado, pois era perfeitamente previsível que outro veículo viesse em sentido contrário, onde havia uma fila de carros que dificultava a manobra de ultrapassagem”.

“O autor não se importou com o resultado. Desejava tão somente abreviar a viagem com ultrapassagens arriscadas para que chegasse ao seu destino final, que seria a cidade de Londrina (PR)”, completa.

Segundo o relatório, declarações de Luís Paulo aos policiais militares que atenderam a ocorrência podem indicar o motivo dele não ter esperado a oportunidade adequada para uma ultrapassagem legal.

O rapaz alegou, na ocasião, “que estava cansado da viagem, pois vinha direto e sem paradas, oriundo da cidade de Guará (SP)”.

A princípio o caso era tratado como homicídio culposo, ou seja, quando não há a intenção de matar, mas ao fim do inquérito o motorista foi indiciado por homicídio com dolo eventual, quando a pessoa assume o risco de matar.

Em nota, a defesa de Luís Paulo informou que "tem ciência do relatório policial e da representação pela sua prisão preventiva. Contudo, já demonstrou nos autos que a representação pela prisão preventiva é prematura, pois, os elementos probatórios ainda se encontram na fase inicial, pendente de contraditório, bem como, que o pedido feito pela autoridade policial, não atende os requisitos legais necessários".

 



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