Menina de 3 anos morre vítima de catapora em Marília


 

Até o momento são dez surtos e 67 casos registrados pela Secretaria de Saúde

 

A menina Maria Julia Graciano Oliveira, 3, morreu na última segunda-feira após ser internada na Santa Casa às 12h com varicela (catapora) que evoluiu para septicemia (infecção generalizada) provocando o óbito por volta das 17h.

De acordo com o vice-diretor clínico do hospital, Marcelo Luis Santili este tipo de evolução no quadro da catapora é raro. Porém o fato pode ocorrer principalmente em crianças menores, gestante e pessoas portadoras de doenças imunodeficiência.

“A orientação é para que não ocorra auto medicação e que os pais procurem atendimento médico para tratamento adequado”, afirma o médico.

O pai da garota o eletricista Sergio Marques de Oliveira conta que a menina que estava com a doença há uma semana já havia sido internada na última sexta-feira (19), mas que até então apresentava sintomas normais. “É muito sofrimento, estamos sem entender até agora”, disse ontem em entrevista ao Diário.

Para Oliveira a vacinação contra catapora deveria ser liberada em todas as escolas. A garota estudava na Emei Criança Feliz, no Jardim Santa Antonieta, onde foi diagnosticado surto.

Segundo levantamento da própria escola, apresentado à Unidade Básica de Saúde do bairro Santa Antonieta, da última semana de julho até 19 de agosto foram registrados 14 casos da doença.

A enfermeira chefe da unidade, Denise Lopes, informou que solicitou a vigilância epidemiológica as doses para iniciar vacinação das crianças suscetíveis, ou seja, que não contraíram a doença ou ainda não foram imunizadas.

“As mães receberão bilhetes para levar a criança na unidade de saúde. A expectativa é que até final de semana seja concluída a vacinação”, explica.

 

Saúde tenta estancar contágio

Dados da Secretaria da Saúde apontam que dos dez surtos constatados dois foram controlados. Isso significa 21 dias sem nenhum caso novo no grupo de contágio. Quanto aos outros oito, a contaminação continua.

De acordo com a Secretaria, a vacinação das crianças suscetíveis das escolas de educação infantil, maioria de período integral está em andamento para bloqueio da doença.

São notificados apenas surtos identificados em ambientes fechados, considerados de maior risco para a disseminação da catapora.

Para evitar que a catapora se espalhe é realizado monitoramento pela unidade de saúde referência da escola e o isolamento domiciliar das crianças contaminadas.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura a orientação da Secretaria da Educação é para as crianças que apresentem sintomas como lesões na pele em forma de bolhas, coceiras, cansaço e febre não compareçam na escola. Já que a única prevenção fora a vacina é evitar contato com a pessoa infectada. (CM)

 

Fonte: Jornal Diário de Marília

 



i7 Notícias
-->