Combate à Cefaleia: sintomas são determinantes para a indicação do tratamento mais eficaz

Cerca de 30 milhões de brasileiros sofrem de enxaqueca que pode ser tratada de forma preventiva



Cerca de 30 milhões de brasileiros sofrem de enxaqueca que pode ser tratada de forma preventiva

Maio é considerado o Mês Nacional de Combate à Cefaleia, lembrado oficialmente neste dia 19, sexta-feira, doença essa que acomete cerca de 30 milhões de brasileiros e é considerada a segunda maior causa de incapacidade em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Há mais de 150 tipos de dores de cabeça, sendo a enxaqueca (migrânea) uma delas e a mais prevalente na sociedade mundial. Trata-se de uma doença neurovascular, causada por desequilíbrio químico no sistema nervoso central. Caracteriza-se como dor latejante em apenas um dos lados da cabeça, cuja frequência varia desde episódios bem espaçados a várias vezes ao mês, com crises que duram até 72 horas.

A enxaqueca possui quatro principais fases: pródromo (premonitória), aura, crise, pósdromo, respectivamente nessa ordem, mas nem sempre as pessoas passam por todas elas. A doença separa-se em dois subtipos: sem aura (75% dos casos) e com aura (25%). A enxaqueca sem aura é a dor unilateral, com intensidade moderada ou grave, podendo aumentar com atividade física de rotina. A aura é um aviso fisiológico, que inicia logo antes de um episódio de dor de cabeça e pode acometer a visão ou outros sentidos, de um lado do corpo, podendo levar a perda transitória da capacidade de enxergar metade do campo visual ou sensação de formigamento em um lado do corpo. Junto com a dor, o indivíduo sente náuseas, fotofobia (intolerância à luz), desconforto a sons e odores fortes, além de ter transtornos gástricos.

Médica neurologista e professora do curso de Medicina da Uniderp, Aline Marques destaca que há tratamentos preventivos que podem evitar o avanço da dor para um quadro crônico. “Mesmo sofrendo com a dor, algumas pessoas acreditam que seja normal, mas não é. O acompanhamento feito por um especialista pode dar qualidade de vida ao paciente, impedido muitas vezes de realizar atividades simples em companhia da família e amigos”, aponta.

A especialista menciona que o tratamento inclui medicamentos tais como comprimidos e toxina botulínica, por exemplo, indicados para diminuir a frequência, a intensidade e a duração das crises. Mas, alerta que o uso indiscriminado de remédios sem orientação médica a longo prazo, pode ocasionar piora dos episódios de enxaqueca.

Como identificar o tipo de dor por meio dos sintomas?

Cefaleia tensional: Pode aparecer de forma episódica ou crônica e tem entre as principais características a sensação de dor em aperto ou pressão nos dois lados da cabeça. Causa uma rigidez nos músculos do pescoço, provocando desconforto e afetando ainda as costas.
 
Enxaqueca: Intensa, acompanhada de náuseas, vômitos, sensibilidade excessiva à luz, ao som ou ao movimento. Sem tratamento, as crises podem durar de 2 a 4 dias;

Sinusite: Dor nos seios da face, além da cabeça, parecida com a sensação de pressão no rosto, acompanhada de sintomas de congestão nasal, saída de secreção e tosse;

Intolerância alimentar: Presença forte de gases, muito desconforto, diarreia, dor de cabeça, inchaço abdominal e secreção nasal.

Embora o aspecto emocional esteja muito ligado ao surgimento das dores, é válido ressaltar a importância da alimentação saudável e prática de exercícios físicos para combater os sintomas, sempre com orientação médica para que os efeitos não sejam contrários ao desejado.



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