Três fazendeiros e um empreiteiro foram denunciados à Justiça, pelo Ministério Público Federal de Marília, por trabalho escravo. O crime foi constatado durante uma operação do Ministério do Trabalho, em 2009. Na época, auditores fiscais flagraram em três lavouras de café de Garça e de Vera Cruz, 45 famílias em condições sub-humanas de moradia e trabalho.

Os quatro denunciados mantinham 202 pessoas, que foram trazidas do Paraná, dormindo no chão, em alojamentos com buracos nas paredes de madeira, e cobertos com papelão e lonas. Durante a noite, as famílias tinham que se proteger do frio com sacos de adubos e calcário vazios.

Poucos tinham cama. Em cada alojamento, havia apenas um banheiro, com esgoto a céu aberto, e sem chuveiro elétrico. Cada trabalhador recebia em média R$ 500,00 por mês e era obrigado a dar metade do salário para pagar refeições e vestuários. Nenhum tinha registro em carteira.

O crime foi constatado em uma fiscalização realizada em 2009