Câmara de Marília dá golpe e aprova 21 vereadores


 

Base governista e aliados de Camarinha aprovam aumento de vereadores na calada da noite

 


Mais uma vez na calada da noite e sem qualquer respeito ao eleitor a maioria dos vereadores aprovou ontem, em sessão extraordinária e sem debate, o aumento para 21 cadeiras a partir de 2013.

O projeto foi colocado em votação pelo presidente Yoshio Takaoka (PSB) de supetão após o término da sessão. A aprovação não demorou mais que cinco minutos. Apenas os vereadores Eduardo Nascimento (PDT), Junior da Farmácia (PTB), Wilson Damasceno (PSDB) e Mario Coraini Júnior (PTB) foram contra.

Para ser aprovado o projeto que altera a Lei Orgânica do Município precisava de pelo menos dois terços dos vereadores. Sidney Gobetti (PC do B), que não votou na primeira discussão no dia 20 de junho porque estava afastado de licença médica, acabou sendo decisivo, se posicionou contra o povo e aprovou o aumento das cadeiras. Caso contrário o texto seria arquivado.

“Sou a favor por conceder maior representatividade à Câmara e dar mais possibilidade de pessoas da comunidade lutar pelos direitos da população”, justificou ao sair da sessão.

A Câmara de Marília passa a ter 21 vereadores a partir das próximas eleições municipais.

A aprovação do aumento de cadeiras no legislativo é mais um duro golpe na sociedade civil que sustenta as maracutaias dos políticos e confirma a falta de transparência da atual legislatura.

O projeto foi aprovado com total apoio da base aliada do prefeito Mário Bulgareli (PDT) e vereadores ligados ao grupo político do deputado federal Abelardo Camarinha (PSB), entre eles Herval Seabra, José Carlos Albuquerque, Eduardo Gimenez além do presidente Takaoka.

Levantamento feito pelo Diário apurou que mais oito vereadores e assessores diretos devem gerar o custo mensal de R$ 75 mil aos cofres públicos.

“Tanta coisa precisando ser vista para população e se aumenta o número de legisladores. Para mim quantidade não é qualidade”, disse o vereador Eduardo Nascimento (PDT).

O Diário também levantou que os mesmos R$ 75 mil gastos com mais oito vereadores a cidade poderia contratar, por exemplo, 35 novos médicos. “Não existe dúvidas que isto gerará mais gastos. Deveria ter sido (o projeto) melhor analisado”, afirmou Junior da Farmácia. O projeto segue para sanção do prefeito Bulgareli, que pode vetá-lo.

 

Fonte: Jornal Diário de Marília

 



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