Diante das intensas ondas de calor presenciadas em todo o país, é ainda mais importante chamar atenção para os perigos que a exposição solar pode trazer à saúde. As altas temperaturas fazem deste período o cenário ideal para reforçar a conscientização sobre a prevenção ao câncer de pele, dando origem à campanha do “Dezembro Laranja”, que visa informar e incentivar práticas de cuidado.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), um em cada três diagnósticos de câncer estão ligados à pele. E os números são alarmantes: anualmente, o país registra 185 mil novos casos de da doença. O dermatologista do Hospital IGESP, Thiago Zaragoza, destaca a importância de redobrar os cuidados, principalmente com as crescentes ondas de calor.
“A exposição excessiva, especialmente durante a época de calor mais intenso, aumenta significativamente o risco de desenvolver câncer de pele. Por isso, é crucial redobrar os cuidados preventivos, como o uso regular de filtro solar, roupas de proteção, chapéus e óculos de sol, além de evitar os horários de maior radiação solar, entre às 10h e 16h”, orienta.
O câncer de pele, caracterizado pelo crescimento desordenado e anormal de células, apresenta duas formas principais: o melanoma, considerado mais grave devido à alta probabilidade de metástase; e o não melanoma, mais comum e com altas taxas de cura quando detectado precocemente.
Há possibilidades de a patologia surgir devido a mudanças no DNA das células da pele, mas o dermatologista explica que a exposição contínua à radiação solar é a principal causa desse tipo de câncer. “Fatores como histórico familiar e tratamento com radioterapia e imunossupressores também aumentam a suscetibilidade ao desenvolvimento desse tipo de câncer, bem como pessoas de pele clara, sardas e cabelos claros”.
O especialista explica que o câncer de pele tem a menor taxa de mortalidade e apresenta altos percentuais de cura quando detectado precocemente. “Por isso, identificar os sinais da incidência da doença é fundamental para que o tratamento adequado seja feito. Para obter um diagnóstico preciso, é crucial realizar exames clínicos regulares com um dermatologista. Em casos mais graves, a identificação é realizada por meio de biópsia ou remoção completa da lesão, visando evitar complicações cirúrgicas e controlar o tamanho da lesão na pele”, finaliza o dermatologista do Hospital IGESP.
Sinais para identificar a incidência da patologia
- Qualquer pinta ou sinal que tenha crescimento, apresente coceira, sangramento frequente ou mude de cor, tamanho, consistência e espessura;
- Lesão rosada, avermelhada de crescimento lento, mas frequente;
- Qualquer ferida que não cicatrize em quatro semanas;
- Mancha de nascença que mude de cor, espessura ou tamanho.