Fim da linha para o álcool líquido 70% nas prateleiras: Anvisa restabelece proibição

Mercados e farmácias têm até o final de abril para esgotar estoques


Após uma pausa temporária devido à pandemia de COVID-19, a venda de álcool líquido 70% está com os dias contados nos mercados e farmácias brasileiros. Conforme anunciado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o produto só poderá ser comercializado até o dia 30 de abril, prazo estipulado para que os estabelecimentos comerciais esgotem seus estoques. A partir dessa data, somente a versão em gel do álcool 70% permanecerá legalmente à venda.


Álcool líquido 70% só poderá ser comercializado até o dia 30 de abril

Durante o auge da crise sanitária provocada pelo coronavírus, a Anvisa flexibilizou temporariamente as restrições ao álcool líquido, permitindo sua venda direta ao consumidor final. No entanto, com o término do prazo em 31 de dezembro do último ano, a agência optou por não renovar a permissão, estabelecendo um período adicional para a liquidação dos estoques atuais.

O motivo original da substituição do álcool líquido pelo gel, ocorrida em 2002, foi a segurança. Ubiracir Lima, conselheiro do Conselho Federal de Química, relembra que a mudança se deu em resposta a acidentes domésticos, enfatizando que ambos os formatos possuem eficácia similar em termos de limpeza. Além disso, Lima sugere que existem outros produtos aprovados pela Anvisa que podem ser utilizados na higienização doméstica, como alternativas ao álcool líquido.


Como alternativas, outros produtos aprovados pela Anvisa que podem ser utilizados na higienização doméstica

A decisão da Anvisa, contudo, enfrenta resistência. A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) posiciona-se contrariamente à proibição, argumentando que a retirada do álcool líquido do mercado priva os consumidores de uma opção com excelente custo-benefício. A Abras destaca, ainda, que tem mantido diálogo com a Anvisa desde dezembro, em virtude da demanda contínua dos consumidores e da escassez do produto nas prateleiras.

À medida que o prazo final se aproxima, tanto consumidores quanto varejistas preparam-se para a transição, reacendendo o debate sobre a melhor forma de equilibrar as necessidades de segurança pública com as preferências e conveniências do consumidor.



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