A enfermeira Janemeyre Dias de Oliveira, de 50 anos, foi assassinada com vários tiros na noite deste sábado, 5 de abril, em Cândido Mota, quando retornava da igreja da Vila Prudenciana para casa, em Assis-SP, com a filha, Yohana Dias Borges. As duas estavam dentro do carro, prestes a entrar na chácara da família, no Jardim Nova Assis, quando foram surpreendidas pelo atirador.
O principal suspeito do crime é Gustavo Frioli, marido de Yohana e genro de Janemeyre. Ele foi preso em flagrante logo após o crime.
Yohana foi atingida por um disparo no joelho, mas sobreviveu. Já sua mãe foi baleada na cabeça, coluna e virilha, e morreu ao chegar ao hospital. A tragédia ocorreu quase na entrada casa, onde a família vivia.
De acordo com Karen, filha caçula de Jane e irmã de Yohana, Gustavo ameaçava a família havia tempo e agredida, com frequência, a sua irmã, que era o alvo dos tiros, mas sua mãe se colocou na frente dela, dentro do arro, e foi atingida fatalmente.
“Ele (Gustavo) vivia ameaçando a minha irmã, na verdade e nossa família toda. Ele já vinha exercendo forte pressão psicológica sobre Yohana, e havia feito ameaças explícitas. A intenção era matar a minha irmã, mas a minha mãe entrou na frente”
Janemeyre deixa as filhas Yohana, Karen e um neto de quatro anos. A morte chocou Assis e regão, especialmente pelo histórico do suspeito.
REINCIDENTE
Gustavo Frioli já havia sido condenado por outro homicídio: em 10 de setembro de 2014, ele matou a tiros José Eduardo Campos de Lima, o "Zé Moto Mil", ex-namorado de Yohana. A vítima foi executada com cinco disparos dentro da própria oficina, em Assis.
Na época, Gustavo foi condenado a 10 anos de prisão em regime semiaberto, mas teve progressão de regime por já ter cumprido parte da pena em prisão provisória.
Agora, ele volta a ser investigado por um crime brutal, que reacende o debate sobre reincidência, violência doméstica e feminicídio.