Paraguaçu Paulista celebra a crescente e fundamental presença feminina em funções que, até pouco tempo, eram predominantemente masculinas. Na Secretaria Municipal de Saúde, essa mudança se materializa na dedicação das motoristas Maria Cristina da Silva, que também coordena o transporte, e Samara Batista da Silva, que está em fase de capacitação para atuar em veículos mais complexos. Juntas, elas não apenas garantem o deslocamento seguro de pacientes, mas também transformam a experiência do transporte com um toque de cuidado e empatia.
A presença de mulheres ao volante em serviços essenciais como o transporte de saúde reflete uma importante evolução social, mostrando que a competência não tem gênero e que a diversidade fortalece as equipes. "A maioria dos pacientes, em um primeiro momento, estranham ser uma mulher no volante, mas depois eles se acalmam e se sentem mais seguros", relata Maria Cristina. Ela observa que essa sensação de segurança é ainda mais acentuada quando uma mulher acompanha um filho. "Mesmo que os motoristas homens sejam cuidadosos também, a mulher passa uma segurança, um cuidado, além de conversar mais, o que tranquiliza muitos dos pacientes e acompanhantes", explica.
Essa percepção de maior segurança e cuidado não é apenas um sentimento. Estatísticas de trânsito em diversos países frequentemente apontam que motoristas mulheres tendem a se envolver em um menor número de acidentes ou em colisões de menor gravidade, muitas vezes atribuindo isso a um estilo de direção mais cauteloso e preventivo. Essa prudência, aliada à natural capacidade de comunicação e empatia, se traduz em um diferencial significativo, especialmente para pacientes em situações de vulnerabilidade ou que precisam de um apoio emocional durante o trajeto.
Maria Cristina, que dirige vans, ambulâncias e carros, possui todas as certificações necessárias para o transporte de pacientes, incluindo cursos de transporte coletivo, MOPP (Movimentação Operacional de Produtos Perigosos) – fundamental para equipamentos médicos – e transporte de emergência. Ela atua em rotas que abrangem desde Santos e São Paulo até Maringá, recebendo frequentes elogios dos pacientes. "O receio inicial é porque a mulher está ocupando um lugar que as pessoas não estão acostumadas a vê-las, mas já durante o percurso eles se tranquilizam, ficam seguros e se sentem satisfeitos", afirma, destacando a quebra de paradigmas.
Samara Batista da Silva, já habilitada com a carteira tipo D, está no processo de obter as capacitações complementares para dirigir vans e ambulâncias com pacientes. Por enquanto, ela realiza o transporte de pacientes que precisam de deslocamento, mas não estão em situação emergencial. "O retorno é bem positivo, os pacientes gostam, conversam, brincam, elogiam o trabalho e admiram por fazer trajetos longos, já que vou até São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto", conta Samara, que está ansiosa para assumir transportes mais complexos.
A presença dessas mulheres na frota da saúde da Prefeitura Municipal de Paraguaçu Paulista não apenas otimiza o serviço, mas também inspira. Elas representam a força e a capacidade feminina de excelência em qualquer área, reafirmando que a dedicação, a competência e a humanidade são os maiores combustíveis para o cuidado com a vida.
