Saúde de Marília confirma tipo mais grave da leishmaniose


 

Paciente é uma criança de 6 anos, moradora da zona norte da cidade

 

Marília registrou primeiro caso autóctone – contraído na cidade - de Leishmaniose Visceral Americana, a forma mais severa da doença. A vítima é uma criança de 6 anos, moradora do bairro Santa Antonieta 2, zona norte.

O garoto ficou cinco dias internado e teve alta ontem. Tomou medicamento específico e está em casa. A doença foi diagnosticada por meio de exame realizado pelo Hospital de Clínicas e confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz. Com a confirmação, a Secretaria da Saúde iniciou um trabalho de varredura nas casas.

Agentes de saúde trabalham numa busca ativa de pessoas com sintomas compatíveis, além de animais suspeitos de portar a doença. Um inquérito canino deverá encaminhar amostras de sangue de cem animais da região que são os principais reservatórios na área urbana.

Além disso, o Coordenador da Vigilância Ambiental e Controle de Zoonoses, Lupercio Lopes Garrido Neto, afirma que uma série de ações deverá ser promovida, em relação à população humana, aos cães e ao meio ambiente.

Para isso, nesta semana, uma reunião entre os setores envolvidos, visando a implementação de detalhes operacionais para prevenção e controle da doença. O mosquito-palha transmissor da doença se reproduz em material orgânico em decomposição, o que o classifica mais apropriadamente como mosca.

“A população deve ser estimulada a manter os espaços urbanos limpos (como quintais e terrenos), acondicionar o lixo de maneira adequada, evitar fazer descartes em terrenos vagos e promover qualquer acúmulo de matéria orgânica, como formas de dificultar a proliferação do inseto”, afirma Garrido.

A presença do vetor, (mosquito-palha ou birigui), foi confirmada pela primeira vez em Marília em meados de 2010 na zona leste da cidade, e no distrito de Padre Nóbrega, no início de 2011.

 

CIDADES

No período de 1999 até julho de 2011, foram notificados 1.845 casos de LVA no estado de São Paulo, dos quais 159 evoluíram para óbito, segundo o CVE-SP (Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo).

Neste período, Araçatuba acumulou 316 casos de LVA, sendo que 31 evoluíram para óbito. Presente desde 2003 em Bauru, de lá pra cá foram registrados 354 casos, sendo que destes 33 pacientes morreram. Em Lins há oito anos, foram registrados 65 casos de LVA, sendo que 6 faleceram devido à doença.

 

 

Fonte: Jornal Diário de Marília



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