Apreensão de drogas já soma 2,1 toneladas. Montante apreendido representa 99% de todo volume de 2010
Marcos Boldrin afirma que o canil é o principal dispositivo da corporação
Até outubro, operações policiais apreenderam 2.104 quilos de entorpecentes na cidade, faltando apenas 16 quilos para superar o total do ano passado. Maconha lidera o ranking com 1,8 tonelada.
O volume de apreensão é a soma de todas as operações envolvendo polícias rodoviárias, militar, civil e federal. O crack foi até agora a segunda droga mais apreendida na cidade com 126,5 quilos. Entre os flagrantes aparecem ainda 113,5 quilos de cocaína e mais 1,8 quilo de haxixe.
No ranking do entorpecente, as apreensões de maconha já superaram todo volume do ano passado e cocaína caiu praticamente pela metade. Em 2010, operações policiais encontraram ainda 362,6 quilos de coca, 72,4 quilos de crack, o que mostra o avanço deste tipo de droga na sociedade.
“Buscamos novas informações com outras delegacias e nos atualizamos sobre o modo que as quadrilhas agem, veículos usados e como tentam burlar a fiscalização. Esta troca de experiências tem se refletido nos números”, afirma o inspetor da PRF, Valmir Cordeli.
A PRF, até agora, foi responsável por 72% do total de apreensões de drogas este ano, o que confirma a rota caipira do tráfico na região, que serve de ligação entre a capital e o Paraguai.
Cordeli afirma ainda que, em breve, a corporação vai dispor de um serviço de inteligência. Segundo ele, carro descaracterizado irá circular pela BR-153 para ajudar na investigação. Além disso, também está previsto a instalação de um canil. “Cães farejadores serão um grande trunfo”, afirma o inspetor.
Segundo o capitão da Polícia Militar, Marcos Boldrin, o canil é justamente o principal dispositivo da corporação no combate ao tráfico, que serve de estímulo para outros tipos de crimes.
“Ele (tráfico) é responsável pela maioria de furtos e roubos registrados na cidade e temos direcionado forças para combatê-lo”, afirma.
Responsável pelas investigações contra o tráfico - algumas levam menos de uma semana e outras mais complexas ultrapassam a marca dos dois anos -, a Polícia Civil tem usado setor de inteligência para monitorar as principais ações do tráfico na cidade.
“A DISE daqui é uma das mais ativas do interior. Hoje, os chefes das maiores quadrilhas de traficantes da cidade estão presos graças ao trabalho da delegacia”, disse o assistente seccional Wilson Carlos Frazão. “Sabemos que a luta contra o tráfico é difícil, mas não medimos esforços.”
Em três ações, mais de uma tonelada
Três ações desenvolvidas pelas forças policiais da cidade respondem por quase metade do total de apreensões do ano.
Na noite de 14 de fevereiro, 102 quilos de maconha foram apreendidos pela Polícia Militar após perseguição. Uma denúncia anônima informou que a droga, em poder de eletricista de 47 anos, seria transportada da zona sul para a zona norte. Ele foi preso.
No dia 1 de setembro, a DISE realizou a maior apreensão de entorpecentes da sua história. Investigação de oito meses culminou com a prisão de quatro pessoas, apreensão de mais de 400 quilos de drogas, dez armas e munições. Tudo estava escondido em latões de 200 litros enterrados em quintal.
Nesta última semana, a PRF fez a sua maior apreensão do ano, quando 490 quilos de maconha e 10 quilos de crack foram encontrados em dois tanques de combustível de caminhão. Motorista de 58 anos disse que receberia R$ 500 para levar o veículo até São Paulo e alegou desconhecer a existência da droga. Ele foi preso.
Fonte: Diário de Marília
