Com aumento da demanda há risco do cancelamento de cirurgias
Alex doa sangue pela segunda vez - Foto: Paulo Cansini
O Hemocentro de Marília passa por um momento crítico. De sete tipos sanguíneos apenas o AB positivo com dez bolsas está dentro do ideal.
A situação mais complicada é do tipo O positivo. Na última semana o Hemocentro possuía apenas 157 bolsas, quando o necessário seriam 200. O tipo A negativo também está abaixo do essencial com apenas 140 bolsas das 180 necessárias.
Segundo a assistente social Dayane Galletti dos Santos as doações estão abaixo do normal no primeiro mês do ano, com média diária de 38 doadores quando o esperado seria 60.
Dayane explica que os meses de férias costumam ter baixa adesão, porém em contrapartida a demanda aumenta devido a acidentes e agendamento de cirurgias eletivas. “Está preocupante nosso estoque. Ainda não tivemos cancelamento de nenhuma cirurgia, mas conversando com os hospitais verificamos aumento de pacientes utilizando transfusões. As famílias precisam colaborar e os doadores também se conscientizarem da necessidade”.
A auxiliar de serviços gerais Aparecida de Fátima, 42, estava essa semana doando sangue. Aparecida já realiza doações há vários anos para ajudar o próximo. “Acho muito importante. Tenho sangue comum AB positivo, mas mesmo assim faço doações frequentemente. É um ato de cidadania”
Alex Machado de Oliveira, 25, cobrador, doava pela segunda vez e sentia-se satisfeito em realizar um ato de cidadania. “É muito bom ajudar o próximo. Não sabemos o dia de amanhã”.