Bebê com cordão umbilical e placenta é encontrado morto no lixo em Marília




Caixão com corpo de bebê é levado em carro fúnebre
Foto: Paulo Cansini

 

Um bebê recém-nascido foi encontrado morto em uma lixeira ontem de manhã (27) no Jardim Santa Antonieta, zona norte da cidade. A mãe da criança, que ainda estava com o cordão umbilical e ainda possuía resíduos da placenta, não foi identificada.

O corpo foi encontrado na rua Leonel Benevides de Rezende por volta das 8h30 pelo industriário Moacir Leite Ferreira, 47, que logo acionou o Corpo de Bombeiros. Socorristas do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) também foram ao local dar apoio à ocorrência.

“Estava saindo para trabalhar e fui pôr o lixo para fora. Vi uma sacola diferente, pensei que poderia ser comida e, como crio galinhas, achei que poderia dar para elas. Quando abri a sacola, levei um susto muito grande. Corri e liguei para os bombeiros”, afirma Moacir, morador da casa em frente à lixeira onde o corpo foi achado.

O médico do SAMU que atendeu o chamado, Aparecido Antônio Butarelli, disse que todos os indícios apontam que o bebê do sexo masculino e da cor branca nasceu de parto normal poucas horas antes do achado. Ele atestou que a criança estava em estado cianótico (corpo roxo), que aponta que a morte se deu por asfixia, já que fora deixado na sacola fechada e envolto em dois panos, que tinham manchas de sangue.

“Ouvi barulhos vindos da rua durante a madrugada, umas 3h, mas não saí para ver o que era”, afirmou Moacir. De acordo com Wagner Marinho, cabo da Polícia Militar que atendeu a ocorrência, um outro vizinho da lixeira também comentou ter escutado uma discussão praticamente no mesmo horário, mas não saiu para verificar.

Peritos do Instituto de Criminalística foram até o local e fotografaram a cena do crime. Eles ainda encontraram um fio de cabelo entre os panos onde a criança estava enrolada. Ele passará por teste de DNA, que pode comprovar se tem os mesmos genes do bebê. Laudo deve ser entregue no prazo de 30 dias.

O corpo ainda passou por autópsia no IML (Instituto Médico-Legal), que deve confirmar a causa da morte nos próximos dias.

O caso está sendo investigado pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher). Segundo o delegado seccional assistente Wilson Carlos Frazão, todos os recursos da Polícia Civil serão usados para primeiramente descobrir quem é a mãe da criança. “A pesquisa de campo pode tentar identificar se a mulher passou por exame pré-natal em algum posto de saúde ou até mesmo se buscou por atendimento médico posterior ao fato”, afirmou.

 

Fonte: Jornal Diário de Marília

 

 



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