Chegada da quaresma aquece vendas de peixes em 30% na região


Valores aumentaram pelo menos R$ 1 em relação ao ano passado

 

 

Com a chegada da Quaresma, o consumo de peixe costuma ser mais frequente. Na primeira semana do período católico desde a quarta-feira de cinzas, o movimento nas peixarias aumentou, aquecendo as vendas em até 30% em relação aos meses normais.

“Essa é a época de melhores vendas do seguimento de peixes. É nesta época também que trabalhamos mais para manter o estoque com boa variedade para agradar os clientes que seguem a risca a tradição católica”, disse o gerente de peixaria Ricardo Sakai.

Os preços tiveram uma variação de R$ 1 em cada tipo de peixe em relação ao ano passado. O quilo da popular sardinha passou de R$ 6 para R$ 7, o quilo do merluzão (filé maior que o tradicional de merluza) em 2011 era vendido a R$ 17 e agora está R$ 18. Já o quilo da pescada branca, da manjuba e da curvina do mar mantiveram os preços antigos, em R$ 16, R$ 10 e R$ 12, respectivamente.

O aumento mais inflacionado foi do salmão que passou de R$ 34 para R$ 36 o quilo. Segundo Sakai o tipo é um dos mais vendidos pelas suas propriedades nutricionais, sabor e concentração de Ômega 3.

Os dias de maior movimento nas peixarias são as quartas e sextas-feiras, a igreja católica pede pela abstinência de carne. O costume católico vem perdendo força e adeptos nos últimos anos, o que explica a queda no consumo nesta época. Sakai comenta que seus avós destacam uma queda de 40% do movimento no decorrer dos últimos 15 anos. “As pessoas mais jovens não mantiveram os costumes católicos e aos poucos a quaresma perdeu um pouco do significado”, disse.

O vendedor Rogério Rodrigues Machado, 36, é evangélico e não deixa de comer carne na semana santa ou na Quaresma. “Evito apenas comer chouriço que é feito de sangue, e conforme o que diz a bíblia o pecado está em ingerir o líquido”.

Já para o motorista Adailton Moraes, 40, católico, não faz diferença comer ou não peixe neste período. “Minha esposa é quem se liga nas tradições e eu como o que ela colocar na mesa, seja peixe ou outro alimento”.

 

Fonte: Diário de Marília

 



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