Em crise, Famema derruba pela metade volume de procedimentos


 


Nilva e a mãe Tereza; exame foi remarcado com prazo de seis meses
Foto: Ricardo Prado

 

Uma crise financeira no Complexo Famema (Faculdade de Medicina de Marília) obrigou a diretoria da entidade a cortar, desde a última quinta-feira (22) pela metade o número de procedimentos realizados pela instituição. Entre os serviços prejudicados estão exames, como ultrassom, tomografia, radiografia convencional e ressonância magnética.

A atual situação é resultado da interrupção dos repasses dos recursos provenientes dos termos aditivos com a secretaria de Estado da Saúde, que geraram o bloqueio das compras com fornecedores de insumos para os mais variados procedimentos.

Dos 40 mil atendimentos realizados por mês no Complexo entre exames, consultas e cirurgias, apenas os procedimentos de urgência e emergência serão mantidos nas unidades que compreendem o Hospital das Clínicas Unidade I, Hospital das Clínicas II – Unidade Materno- Infantil, Hospital das Clínicas III (antigo Hospital São Francisco), Hemocentro, Ambulatório Mário Covas e Unidade de Oftalmologia.

O quadro do Complexo Famema é ainda mais prejudicado devido a falta de médico nas unidades de saúde que geram aumentar a demanda de atendimentos no hospital.

No Hemocentro, a coleta normal e voluntária passa de 200 para 50 por dia, mantendo as coletas de sangue nas internações, urgência e emergência. Já as cirurgias eletivas estão passando por novos agendamentos.

A situação já prejudica a aposentada Tereza Alencar, 83, que necessita fazer exames específicos e uma cirurgia no intestino, importante para estancar sangramento que persiste há dois meses. A filha Nilva Alencar, 58, considera a espera angustiante. “Marcaram o exame com prazo de seis meses, mas para a cirurgia não há previsão”, disse.

Segundo o superintendente do Complexo Famema e diretor do Hospital das Clínicas - Unidade I, Roberto Guzzardi, as empresas estão bloqueando as vendas por falta de pagamento gerando desabastecimento parcial.

Para reverter a situação, o diretor do complexo José Augusto Ottaiano está em São Paulo para solucionar o impasse com a secretaria do Estado da Saúde.

 

Fonte: Diário de Marília

 



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