Vítima é homem, moreno, tem estatura mediana e aparenta ter entre 30 e 40 anos; análise preliminar indica que local foi usado como desova
ENCONTRO - Corpo estava em cafezal no Jardim Morumbi - Foto: Paulo Cansini
Um corpo carbonizado foi encontrado em meio a um cafezal de uma fazenda no Jardim Morumbi, zona oeste de Marília, ontem à tarde (25). A vítima, ainda não identificada, estava com os pés e pescoço amarrados com cordas. Análise preliminar da polícia indica que o local foi usado apenas como desova.
O encontro foi feito pela proprietária da fazenda, que não teve a identidade revelada, por volta das 16h30. Durante a verificação dos pés de café, ela notou que três deles estavam queimados e foi checar. “Estávamos em patrulhamento de rotina quando fomos abordados por ela, que nos indicou onde o corpo estava”, conta o cabo Cláudio Morais.
Na sequência, a Polícia Civil foi comunicada. O delegado plantonista Cláudio Pinha Góes e Mario Furlaneto, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), foram ao local. “Tudo indica que a vítima foi executada e teve o corpo trazido para cá”, afirmou Góes, ainda antes da chegada dos peritos do IC (Instituto de Criminalística).
A afirmação do delegado era baseada nas marcas de arrasto deixadas no solo, que se estendiam por cerca de 30 metros; partindo da margem de uma estrada de terra até o local onde o corpo foi encontrado. Além disso, a desconfiança é que o assassinato tenha ocorrido entre sexta e domingo, já que não choveu. A água da chuva teria apagado as marcas.
Até a chegada dos peritos criminais, que aconteceu somente por volta das 17h45, o sexo da vítima era incerto, já que o rosto, a parte que foi menos afetada pelas chamas, estava virado para o chão. Porém, a dúvida foi sanada pouco depois.
“O que podemos dizer é que é homem, moreno, de estatura mediana e aparenta ter entre 30 e 40 anos”, afirmou Góes. “Nos cabe agora investigar para descobrir, primeiramente, a identidade dessa pessoa, e depois a autoria do crime”, completou.
Após o trabalho dos técnicos, o corpo foi levado ao IML (Instituto Médico-Legal), onde passou por exame de necropsia. Laudo com as causas da morte devem ser entregues no prazo de 30 dias.
Com mais esta morte violenta, oito pessoas já foram assassinadas na cidade apenas neste ano, além do caso de latrocínio (roubo seguido de morte) e outro de infanticídio (bebê achado em lixeira). No comparativo com o ano passado, os números são 33,3% superiores, já que, até esta data, haviam sido contabilizados seis homicídios. Em 2011 todo, 17 pessoas foram vítimas de crimes dolosos.
Fonte: Diário de Marília