Ele e dois assessores foram encaminhados à Polícia Federal. Eleitores teriam recebido R$ 100 em troca de apoio nas eleições.

Yoshio Takaoka teria oferecido R$ 100 aos eleitores que comprovassem que votaram no candidato reeleito por meio de uma fotografia da urna eletrônica
 

O presidente da Câmara de Marília, SP, Yoshio Takaoka, do PSB, e dois assessores do parlamentar foram detidos em flagrante nesta quarta-feira (24) pela Polícia Federal. Eles são suspeitos de compra de votos durante a campanha eleitoral deste ano.

O Ministério Público recebeu uma denúncia de que Yoshio Takaoka teria oferecido R$ 100 aos eleitores que comprovassem que votaram no candidato reeleito por meio de uma fotografia da urna eletrônica. Ele obteve 2.125 votos nas urnas. A denúncia foi encaminhada à Polícia Federal, que começou apurar o caso. Na manhã desta quarta-feira, um veículo oficial da Câmara foi apreendido com um funcionário que estaria entregando contratos de prestação de serviço para os supostos eleitores envolvidos. O documento seria uma justificativa de que as pessoas trabalharam como cabo eleitoral e, assim, uma maneira de descaracterizar a compra de votos.

“A princípio chegou até nós a informação de que eles estariam assinando posteriormente os contratos de prestação de serviço e que, na verdade seria uma forma de forjar uma suposta compra de votos. Mas, nós ainda não temos como afirmar se essa compra realmente existiu, mas, há fortes indícios que eles estavam realmente tentando forjar algum tipo de prova para obstruir o trabalho de investigação da polícia e eles devem ser atuados por isso. No momento, os três estão presos e vão ser autuados em flagrante”, explicou o delegado da Polícia Federal Anilton Turíbio.

Cerca de vinte pessoas, entre elas vereadores, foram ouvidas na terça-feira (23). Neste momento, o presidente da Câmara presta depoimento na Polícia Federal em Marília.