Corpo estava em meio a um bambuzal a cerca de 100 metros da Delegacia da Polícia Federal
O corpo de um homem foi encontrado em avançado estado de decomposição a cerca de 100 metros da Delegacia da Polícia Federal de Marília, no Jóquei Clube, zona sul da cidade, no início da tarde de ontem (14). Todas as evidências apontam que a vítima, ainda não identificada, tenha sido assassinada.
Segundo informações da Polícia Militar, a descoberta foi feita por funcionários do DER (Departamento de Estradas e Rodagens). Eles capinavam a vegetação próxima ao entroncamento da SP-294 (Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros) com a BR-153 (Transbrasiliana) e deram uma pausa para o almoço por volta das 13h30.
À procura de uma sombra, eles se dirigiram para um bambuzal localizado no terreno que dá para os fundos da delegacia quando perceberam um mau cheiro. Ao se aproximarem do local, encontraram o corpo e acionaram a PRE (Polícia Rodoviária Estadual), que comunicou a Polícia Militar na sequência.
A vítima estava com o rosto completamente desfigurado, com a coloração escura e estava deitada com a barriga para cima. Era branca, tinha aproximadamente 1,70 metro de altura e aparentava ser forte. Vestia bermuda e jaqueta marrom e calçava um sapato. Três tatuagens ainda estavam visíveis: uma mulher no peito, uma aranha no lado direito do abdômen e de uma ferradura na perna direita.
“Percebemos que a vítima apresenta uma lesão craniana grave e, ao que tudo indica, se trata de um homicídio. A certeza será dada pelo exame de necropsia do IML (Instituto Médico-Legal)”, disse o delegado Mário Furlaneto Neto, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), logo após checar as condições do corpo.
Furlaneto Neto afirmou também que a prioridade da delegacia é identificar a vítima. “Acredito que as tatuagens poderão contribuir. Também vamos aguardar os laudos da perícia técnica”, falou, referindo-se ao IC (Instituto de Criminalística). Profissionais do órgão estiveram no local do encontro pouco antes do delegado.
Caso o homicídio seja confirmado, será o 16º do ano na cidade, um a mais do registrado até o mesmo período do ano passado. Em 2011 todo, 17 assassinatos foram computados pela polícia.
Cidade vive onda de violência desde sábado
Marília vive, desde sábado, uma onda de violência, que vai de furtos, passa por roubos e mortes no trânsito e termina com homicídios.
A sequência de acontecimentos começou com uma série de assaltos. Apenas entre a manhã de sábado e o início da tarde de domingo, sete casos foram registrados. As ações aconteceram nas regiões central, norte e sul. Apesar dos números, em nenhuma delas houve prisões.
Também no final de semana aconteceram mais três mortes no trânsito na cidade, que já soma 48 óbitos desde o início do ano. Já no domingo, um cofre com R$ 60 mil foi arrombado de uma locadora de vídeos na zona sul.
Já na madrugada de terça-feira, Edna Aparecida Tassiano, 50, foi morta à facada pelo amásio, o morador de rua Valdomiro Teodoro Lemos, 41, mais conhecido como “Sapão”, no São Miguel, região oeste.
Todos os crimes, segundo a Polícia Militar, não tem ligações com a guerra travada na Grande São Paulo contra o crime organizado, mais especificamente, o PCC (Primeiro Comando da Capital).
Fonte: Diário de Marília | Foto: Ilustrativa