Homem é preso por fraudar vestibulares de medicina


Uma operação da Polícia Federal cumpriu nesta quarta-feira (12), um mandado de prisão em Marília (SP). Por intermédio da Superintendência Regional no Estado do Espírito Santo, oficiais deram início à “Operação Calouro”.

O objetivo é desarticular a atuação de organizações criminosas especializadas em fraudar vestibulares para entidades de ensino superior de Medicina em todo o território nacional.

Foram cumpridos 70 mandados de prisão e 73 mandados de busca. Mais de 290 policiais federais na deflagração da operação em 10 Estados e no Distrito Federal. A investigação durou um ano e seis meses. Em Marília, um economista, que exercia a função de corretor e agenciava os alunos, foi preso nesta quarta-feira na casa dele no Jardim Marília. Na casa dele foram encontradas agendas e documentos com o nome de estudantes de medicina. O material foi apreendido pelos policiais.

A suspeita da polícia é que pelo menos desde 2007 o homem fazia este trabalho ilegal. Isso porque, apesar dele não ter vínculo com as universidades, o homem preso aparece em fotos em todas as formaturas de medicina. Ele era convidado especial de alguns alunos.

Ainda de acordo com as investigações, a divulgação do serviço ilegal era o boca a boca. O corretor abordava candidatos que tinham interesse em prestar o vestibular, ou então, os próprios candidatos o procuravam. Para encaixar o candidato no curso, o esquema tinha várias alternativas: ele conseguia uma cópia do gabarito, ou então, a própria prova, o exame antes da data de prestar o vestibular, ou então, falsificava o documento do candidato e mandava outra pessoa, já preparada e estudada para isso, prestar o vestibular.

O homem preso será levado para a cadeia de Garça e vai responder por estelionato, falsificação de documento, formação de quadrilha. E o aluno que participou do crime é enquadrado como coautor e também responde por estelionato e uso de documento falso. A polícia quer descobrir agora quem são esses alunos que compraram a entrada na faculdade e como o estelionatário conseguia os gabaritos e provas. A polícia quer saber se existe relação do criminoso com as universidades.

Fonte: G1



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