Nota Fiscal Paulista gera receita e ajuda Santa Casa de Marília a enfrentar déficit


 

 

Para minimizar as dificuldades, com a baixa remuneração dos procedimentos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a Santa Casa de Misericórdia de Marília tem aproveitado todas as oportunidades para gerar receita. Uma das iniciativas é a adesão ao programa Nota Fiscal Paulista, desenvolvido pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Fazenda. Somente no primeiro semestre de 2012 (último resultado consolidado) o hospital recebeu quase R$ 60 mil. 

As contribuições vem de consumidores como o aposentado Wilson Januário, cliente do Supermercado Kawakami. Para ele, o valor gerado com a nota em algumas compras pode ser pequeno, mas a soma bem aplicada faz a diferença para muita gente. “A Santa Casa de Marília presta um excelente serviço. Se a compra é pequena ou a pessoa está com pressa, prefere não passar o CPF, porque não doar?”, questiona.

A estudante Ana Júlia de Souza Santos, que ainda não é cadastrada no programa, também apoia. “Nem sabia que tinha essa possibilidade. Vou passar a colocar nas urnas meus cupons”, afirma. A contribuição de comerciantes e o empenho da contabilidade e setor de compras do hospital, para que todas as aquisições próprias gerem receita, também ampliam os resultados. Cerca de 20 estabelecimentos de Marília fazem parte da rede de apoio que mantém urnas, para que os clientes deixem seus cupons fiscais.

De acordo como diretor administrativo do hospital, Sérgio Stopato Arruda, no segundo semestre de 2011 a Fazenda repassou à instituição R$ 55.600. Já nos primeiros seis meses do ano passado, a Santa Casa recebeu mais de 59.700. Além dos cupons doados e do consumo próprio (responsável pela maior parte dos recursos), o hospital também recebe receitas dos sorteios realizados pelo programa.

Para aderir, basta depositar o cupom na urna e não é preciso informar nenhum dado da entidade. Se preferir, o consumidor pode acumular as notas e levar até a Santa Casa, ou ainda fazer a transferência pelo site da Receita, a cada semestre, quando os valores são totalizados e liberados. Nesse caso é preciso informar o CNPJ da instituição. 

Envolvimento - Na avaliação do empresário Eduardo Kawakami, diretor de uma das empresas parceiras, o programa Nota Fiscal Solidária é um exemplo de benefício compartilhado. “O consumidor que prefere não informar o CPF estará contribuindo para uma Santa Casa mais forte. Todos sabem da qualidade da gestão do hospital e como ela é importante no atendimento da saúde pública, principalmente na alta complexidade”, destacou o empresário.

Comerciantes interessados em firmar parceria e receber urnas, para coleta de cupons para a Santa Casa, podem entrar em contato com o setor responsável pelo telefone 3402-5559 e obter mais informações.

Entidade filantrópica, referência em saúde regional (mais de 60 municípios), a Santa Casa de Marília é administrada por um Conselho formado por representantes da sociedade e pela Irmandade, um grupo consultivo e deliberativo de voluntários, que atua na tomada de decisões, elege a provedoria e sanciona as ações da diretoria executiva.

O provedor da Santa Casa, Milton Tédde, informa que a direção do hospital ainda trabalha na tabulação dos dados referente ao percentual de serviços prestados ao SUS, em 2012. A expectativa é que o número tenha fechado o ano em patamar próximo a 2011, quando 72% de todos os procedimentos do hospital contratados pelo SUS. “A Santa Casa é de Marília, é da nossa região, por isso fazemos o convite: ajude a instituição a ser cada vez mais forte, para bem servir nossa comunidade”, convoca Tédde.

Assessoria

 



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