Filho de casal de Marília está entre sobreviventes de boate Kiss



O filho do engenheiro Robson Zófoli e da esposa Ana Cristina, que moram há quatro anos em Marília, SP, estava na boate Kiss na noite do incêndio que matou 231 pessoas em Santa Maria, cidade universitária que fica no interior do Rio Grande do Sul.

“Sensações ambíguas, de alívio por saber que ele estava bem porque tinha conseguido sair, mas muito triste por ver tudo aquilo que estava acontecendo. Tantos jovens, tantas famílias atingidas, amigos. Depois você vai vendo notícias, nomes que você conhece, amigos do teu filho, amigos do sobrinho, parentes do nosso amigos. Isso porque nós somos nascidos em Santa Maria”, informou o engenheiro. 

O casal foi acordado pelo filho às 4h. “Quando ele falou para gente que estava ocorrendo um incêndio, você cria uma imagem e proporção na cabeça. Então você pensa em alguns feridos, em algumas pessoas mortas. Depois que começou a aparecer na imprensa o tamanho da dimensão, foi algo assustador”, contou ainda Robson. 

O jovem de 21 anos estuda engenharia da computação em Santa Maria e havia ido à festa com três amigos. Um deles morreu no incêndio e outro ainda está internado. O terceiro conseguiu se salvar. "Ele contou que estava no fundo da boate. Quando viu que estava incendiando saiu com um dos amigos e só viu a luz na frente que era da porta, a única saída que existia. Então ele saiu e só tomou cuidado para não cair e ser pisoteado", informou a mãe e farmacêutica, Ana Cristina Zófoli. 

Robson e Ana Cristina têm mantido contato com o filho e parentes que moram em Santa Maria por telefone e redes sociais. Todos continuam muito abalados. “Muitas pessoas nos falaram assim: a gente chorou. Então imagina a nossa situação, o nosso filho lá dentro. Eu agradeço a Deus e considero quase que um milagre que ele saiu com vida de lá”, enfatizou a mãe. 

Os pais do estudante sobrevivente da tragédia esperam agora uma atitude das autoridades. “Muitas vezes a gente acha que essas coisas estão longe de nós. Mas quando a gente se vê diretamente envolvido se dá por conta dos riscos que acontecem. E como sociedade, a gente consiga ter regras sérias para evitar que tragédias como essa voltem a acontecer”, completou o engenheiro.

 

G1

 



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