Fábio Alexandre e Talita Batista também participaram do crime e já foram condenados. Ele recebeu a pena de 69 anos e 1 mês de prisão e ela de 65 anos e 4 meses de prisão, ambos em regime inicialmente fechado.
O juri popular de Rivaldo Alexandre aconteceu durante toda a quinta-feira, dia 06
Foi a júri popular nesta quinta-feira, dia 06, no Fórum da comarca de Paraguaçu Paulista, Rivaldo Alexandre de Paiva, um dos acusados de matar e incendiar os corpos de José Aparecido Alves, Roseli Teixeira e Cíntia Teixeira, em setembro de 2013, em Paraguaçu Paulista.
No fim da tarde, o juiz de direito, Dr. Pedro Luiz Fernandes Nery Rafael, leu a sentença que constava a pena dada ao réu, sendo ela de 50 anos, 5 meses e 12 dias de reclusão e 22 dias-multa, em regime inicial fechado, por homicídio triplamente qualificado (asfixia, recurso que dificultou a defesa das vítimas e motivo fútil), pelo crime de furto e vilipêndio de cadáveres.
Ainda segundo a sentença, Rivaldo Alexandre permaneceu preso durante toda a instrução e foi condenado, em juízo de certeza, por crime gravíssimo, praticado de forma impiedosa, o que revela traço de alta periculosidade. "Além disso, a altíssima pena poderá servir de estímulo a eventual fuga do réu, caso seja posto em liberdade. Assim, para resguardo da ordem pública e aplicação da lei penal, mantenho a prisão cautelar do acusado."
De acordo com o advogado de defesa, Roldão Valverde, o resultado do júri foi justo. "Os réus fizeram três crimes bárbaros. Além disso, eles queimaram os cadáveres, roubaram dois celulares e um aparelho de informática. Depois os outros elementos [Fábio Alexandre e Talita Batista] foram julgados e um pegou 69 anos e 5 meses e outro 64 anos, e o meu pegou 50 anos. Quer dizer, para nós foi uma vitória. Foi um debate limpo. Eu achei a sentença justa e não vou recorrer dela", explicou Valverde.
O CRIME
Segundo consta nos autos do processo, os autores e as vítimas eram vizinhos, ambos residentes na Rua Jacarandá, no conjunto Mario Covas. Em decorrência de Marceli Cristina Bissoli, irmã de Fábio Alexandre, ter passado a namorar o ex-namorado de Cíntia, iniciaram desentendimento entre os membros da família. Com isso, Fábio decidiu tirar a vida de José Aparecido, Roseli e Cíntia, o que fez acompanhado de seu companheiro, Rivaldo, e de sua amiga, Talita.
Por volta das 20h do dia 23 de setembro, Talita e Rivaldo entraram à residência das vítimas. Ele abordou José Aparecido com um simulacro de arma de fogo e ela abordou Roseli, utilizando um punhal. O casal foi amarrado e colocado em cômodos diferentes. Fazendo uso de um fio de aparelho de secador de cabelo, a dupla estrangulou as vítimas até que viessem a óbito.
Ainda segundo os autos do processo, Rivaldo e Talita ainda permaneceram no interior da casa até a chegada da filha do casal, que foi morta da mesma forma que os seus pais.
Rivaldo colocou os corpos no porta-malas do veículo de José Aparecido e seguiu até as margens da rodovia SP 284, em um corredor de cana, próximo à ponte do Rio Capivara, onde ateou fogo no veículo e nos corpos.
Rivaldo foi condenado a 50 anos, 5 meses e 12 dias de reclusão e 22 dias-multa, em regime inicial fechado, por homicídio triplamente qualificado
Ele participou da morte de José Aparecido Alves, Roseli Teixeira e Cíntia Teixeira