Filho de paraguaçuenses é sócio de App rival da Uber que oferece iPhone como recompensa de uso

Adriano Soncini é um dos três sócios da 4Move.


Aplicativo chega a SP com programa de fidelidade e segurança de comunidade como diferenciais

 


Aplicativo: 4Move oferece programa de fidelidade com prêmios (paolo81/Thinkstock)
 

Estreou nesta terça-feira (24) em São Paulo um novo aplicativo chamado 4Move, um rival da Uber que oferece um programa de recompensas por uso e indicação de amigos. Os prêmios variam de acordo com a quantidade de pontos acumulados e podem ser ingresso de cinema, crédito em conta, viagens (Disney, Cancún ou cruzeiro nacional), iPhone ou MacBook. O app tem versões para Android e iPhone.

O 4Move surgiu a partir de uma ideia de Cesar em 2011, quando ele conta que tinha que usar transporte público para cursar seu MBA. O ex-analista de projetos do banco Bradesco engavetou a ideia até que o custo estimado de 4 milhões de reais para o desenvolvimento do aplicativo fosse viável.

Ao apresentar a ideia a amigos, ele conseguiu três sócios: Hector Felippe (CFO), e George Gomes (CIO) e Adriano Soncini (Novos Negócios), sendo que o último é filho dos paraguaçuenses Alfredo Ângelo Soncini Filho, mais conhecido como Pancho, e Cybele Soncini, filha de Marilu (Studio Academia) e irmã de Gibinho (Líder Imobiliária).

A proposta da empresa é funcionar em duas frentes com a estratégia de bonificação por pontos, sendo elas passageiros e motoristas. Como usuário, você pode ganhar 1 ponto por quilômetro viajado e, ao indicar amigos, você também ganha pontos a cada quilômetro rodado em viagens feita por eles. Sobre esses pontos, você, usuário, recebe até 5% do valor sobre cada ponto (tanto os seus próprios quanto os dos indicados) para acumulá-los para a troca de prêmios. Para ficar mais claro, funciona assim: 1 km = 1 ponto = 1 real no sistema, sobre o 1 real, o usuário ganha até 5%

Assim como no Uber e similares, o usuário poderá escolher entre uma categoria mais barata, com carros comuns, e outra mais cara, com veículos de luxo. Elas são chamadas Blue e Black, respectivamente no novo app.

No caso dos motoristas, a bonificação também acontece na forma de dinheiro e prêmios. O percentual de bônus por quilômetro, porém, é maior: até 10% sobre cada um deles. Fatores como notas das viagens realizadas têm impacto positivo ou negativo no bônus do motorista.

Para manter a segurança dos motoristas e passageiros, a 4Move informa a EXAME que adota o esquema de comunidade. Assim como nos primórdios do Orkut, a ideia é que novas pessoas entrem para o aplicativo por meio de convites dos usuários iniciais. 

“Chamamos o recurso de marketing de recompensa. Seus amigos indicados dão créditos para você. Esses pontos retornam como cashback para uso dentro do aplicativo. Em um mapa, vemos o carrinho caminhando para prêmios: crédito em conta, iPhone, cinema, MacBook, viagens com acompanhante com tudo pago e etc. A ideia é compartilhar o seu código de usuário com o máximo de pessoas possível”, diz Júlio Cesar, cofundador e CEO da 4Move, em entrevista a EXAME.

A startup recebeu investimentos que somam 10 milhões de reais de um fundo brasileiro. Nos primeiros quatro anos de operação, o plano consiste em expandir o serviço pelo território nacional. Após São Paulo, estão na mira cidades como Rio, Belo Horizonte e Recife. Cesar afirma que a empresa vai chegar a duas novas cidades por mês a partir de 2018 e contratará equipes locais para gerenciar as operações nos novos mercados. As ambições de expansão internacional ficam para 2018, com a América Latina em vista.

Para o início oficial de operações em São Paulo, o aplicativo contará com 4 mil motoristas, que tiveram documentos checados de maneira a oferecer segurança aos clientes, de acordo com Cesar. O procedimento de seleção de condutores e indicação de passageiros visa criar uma comunidade com foco na segurança, de acordo com o CEO.

Para ter competitividade no mercado onde o preço define a escolha do app de transporte, a 4Move promete oferecer viagens com até metade do valor de viagens cobradas nos apps concorrentes em horários de pico. Não há precificação diferente para os períodos do dia com mais viagens.

 

Fonte: exame.abril.com.br



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