Partido Novo promove encontro entre profissionais liberais e empresários da região, em Paraguaçu

Na oportunidade, foram apresentados o pré-candidato à Presidência da República João Amoêdo e os pré-candidatos ao governo de SP, a deputado federal ao Senado.


Na oportunidade, foram apresentados o pré-candidato à Presidência da República João Amoêdo e os pré-candidatos ao governo de SP, a deputado federal ao Senado

 


João Amoêdo (centro), acompanhado dos candidatos ao governo do estado de São Paulo Rogério Chequer (direita) 
e ao senado Christian Lohbauer

 

O pré-candidato à Presidência da República nas Eleições 2018, João Amoêdo, pelo Partido Novo, esteve em Paraguaçu Paulista, na quinta-feira (25), para um encontro com profissionais liberais, empresários e lideranças políticas da região. Ele estava acompanhado dos também pré-candidatos ao governo do estado de São Paulo Rogério Chequer, ao Senado Christian Lohbauer, a deputado federal Vinícius Poit e Daniel Oliveira.

João Amoêdo é fundador do Partido Novo e foi oficializado como pré-candidato à Presidência da República em novembro do ano passado. Na época do lançamento de sua campanha ele afirmou não acreditar em “salvador da pátria”, mas acreditar “em time”. Segundo Amoêdo, o objetivo é transformar o País em algo que está idealizado na base do Partido Novo, ou seja, “um Brasil seguro em primeiro lugar, um País simples, com sociedade baseada em princípios e valores, sem burocracia, um País livre, onde o cidadão tenha liberdade, sem tutela do Estado. E um País onde todos possam chegar lá.”

Em suas regras, o Partido Novo só admite aqueles que têm ficha limpa. Amoêdo considera que, com a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 24 último, ser ficha limpa é o mínimo de respeito que a população brasileira merece ter. “No caso do Novo, até os filiados têm que ser ficha limpa. O que aconteceu com a condenação do ex-presidente nos mostrou o seguinte: o combate à impunidade, que ninguém está acima da lei e que corrupção é um crime grave e tem que ter uma pena adequada. A condenação do ex-presidente Lula foi uma sinalização, foi um avanço e uma sinalização de que ninguém está acima da lei.”

Amoêdo acredita que a partir desse episódio da condenação de um ex-presidente no Brasil, o país comece vislumbrar um novo cenário. “Acredito que o Brasil está dando passos importantes para sermos uma nação mais próspera. O primeiro passo dado foi com o entendimento das pessoas de que elas têm que participar da política. Essa crise da Lava Jato e a crise econômica mostraram que o nosso distanciamento, a nossa ausência numa participação mais efetiva tem um custo que é estar sendo governados por aqueles que não nos representam de fato. E a condenação de políticos, milionários, ex-governadores, mostra de novo que a justiça está sendo determinante e está fazendo seu papel. Estamos avançando na consolidação das instituições e de um país realmente republicano.”

Como pré-candidato à Presidência da República, João Amoêdo, afirmou que a primeira coisa a fazer é dar o exemplo de redução de custos, redução de privilégios e de benefícios próprios, “pois o Brasil é um país onde as contas não fecham”. “A primeira a coisa a ser feita é dar o exemplo; a segunda coisa é ter um país mais seguro, tanto do ponto de vista da pessoa quanto do ponto de vista do patrimônio e do ponto de vista jurídico, no cumprimento das leis e da estabilidade; precisamos de mais liberdade econômica, pois as pessoas precisam ter capacidade de empreender, de abrir seu negócio, de fechar, de se relacionar, isso de forma mais simples porque hoje no Brasil isso tudo envolve uma burocracia muito grande; ainda, o Brasil tem que ter as contas equilibradas, o país que gasta muito mais do que arrecada acaba tendo que tomar empréstimos a juros altos e isto contamina toda a economia, o que dificulta as pessoas a criarem empregos e negócios; e a educação, especialmente a educação de ensino básico e fundamental, sem isso as pessoas não vão ter mobilidade social, não vão ter oportunidade”, ressalto o pré-candidato João Amoêdo. 

João Dionisio Filgueira Barreto Amoêdo nasceu em 22 de outubro de 1962 no Rio de Janeiro. Formado em engenharia e administração de empresas, trabalhou no Citibank, BBA-Creditansalt e na financeira Fináustria. Foi vice-presidente do Unibanco e membro do conselho de administração do Itaú-BBA. Atualmente é membro do Conselho de Administração da João Fortes, função que ocupa desde 2011. Amoêdo foi presidente do Partido Novo de setembro de 2015 a junho de 2017.

Ele foi o fundador do Partido Novo, em 2011, com apoio de empresários, médicos, advogados e outros profissionais do setor privado no Rio de Janeiro, com um total inicial de 187 membros. O Novo teve o registro aprovado no Tribunal Superior Eleitoral em 2015. Atualmente o Partido Novo tem mais de 16 mil filiados em todo o Brasil.

De acordo com João Amoêdo, o que os motivou a fundar o Partido Novo foi participar da política institucional sem vínculos com "políticos tradicionais". As regras do partido só admitem aqueles que têm ficha limpa e impedem que qualquer um com cargo no Legislativo ou no Executivo exerça cargo de direção na legenda.

 

Rogerio Chequer, pré-candidato a governador de SP, pelo Novo

Rogério Chequer ficou conhecido nacionalmente por meio do movimento Vem pra Rua – movimento que liderou nos protestos durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2015. Ele é engenheiro de produção e empresário, tem 49 anos e deixou o Vem pra Rua para candidatar ao governo de São Paulo pelo Partido Novo, que rejeita coligações e recursos do fundo partidário.

Sua proposta à frente da empreitada é, segundo afirma, fazer política de um jeito diferente, porque “já está provado que do jeito que se faz nas últimas décadas não funciona. Chequer esclarece que essa mudança implica em mandatos que trabalhem para as pessoas e não para si mesmo. “Os políticos atuais estão mais preocupados em se manter no poder, em se reeleger do que em tomar decisões que às vezes são impopulares, mas que prestam serviço à sociedade.”

 

Christian Lohbauer é o candidado ao Senado

O cientista político Christian Lohbauer, de 50 anos, formou-se pela USP e defende a redução da presença do Estado na vida dos cidadãos. Sua chamada de campanha é “mais São Paulo em Brasília”. Ele explica que são três senadores por estado em Brasília, de acordo com o Pacto Federativo.

“Cada senador tem que defender o seu estado e não conseguimos lembrar hoje nenhum senador de São Paulo que defendeu São Paulo. Defender nosso estado é defender o espírito de produção, de estudar, de enriquecer, de engrandecer, de investir em tecnologia. São Paulo é o estado mais rico do país porque produz, trabalha, transforma, estuda e tudo isso é visto com desconfiança. A gente tem que levar o espírito de construção para Brasília e isso significa trabalhar contra a absurda carga tributária, contra a corrupção em infraestrutura, trabalhar pelo maior investimento em ciência e pesquisa da iniciativa privada e não do setor público. Desmontar o estado paquidérmico que é o estado brasileiro, que gasta com um monte de coisa que não tem nenhum sentido.”

 

O caçula Daniel quer mais oportunidade para os jovens

Filho mais novo de 11 irmãos e de uma família humilde, Daniel acredita em um Brasil do futuro onde todos os jovens terão oportunidades para desenvolver seus potenciais ao máximo e levar vidas produtivas e felizes.

Como pré-candidato a deputado federal pelo Partido Novo no estado de São Paulo, Daniel tem como proposta principal a educação. “Quando os jovens saem da educação para o mercado de trabalho, não estão preparados para o mercado de trabalho. Todas as minhas propostas são para ajudar os jovens a continuar estudando, se preparando para o futuro.”

Daniel é o típico exemplo de que todo esforço vale a pena e de que nenhum sonho é impossível. Ele tem dez irmãos. Durante sua infância e adolescência, em Bragança Paulista, a mãe trabalhava como diarista até 2015. O pai, hoje com 95 anos, era auxiliar em uma agência bancária. Lá, servia café e fazia o que mais precisasse.

A mãe sempre valorizou a educação e cobrava que os filhos tivessem bom desempenho na escola. Pediu à irmã, que era freira, que conseguisse uma bolsa de estudo em um colégio particular. Foi assim que Daniel e o irmão gêmeo trocaram a rede pública pela privada, onde concluíram toda a educação básica.

Daí para frente, esforço, dedicação e um pouco de sorte. Ele estudou na Suíça, ajudou refugiados de guerra na Jordânia, trabalhou no mercado financeiro no Brasil, e concluiu o mestrado em Yale, uma das universidades mais importantes do mundo. Agora, aos 30 anos, é pré-candidato a deputado federal pelo Partido Novo.

 

Homem das mídias digitais, Vinícius Poit é pré-candidato a deputado federal

Aos 31 anos, Vinícius Poit é o homem das mídias digitais. Tanto é que ele tem uma página no Facebook com mais de 100 mil seguidores. Para ele, “é o novo jeito de fazer política, barato”. Na área social, mais uma vez a internet. Criou o Recruta Simples – programa que ajuda moradores de rua a arrumar emprego. Não o fez sem antes trabalhar em outras ONGs, sempre com moradores de rua.

Para disputar vaga de deputado em 2018, Vinícius Poit tem como propostas estimular o empreendedorismo com respeito ao empreendedor visando à geração de emprego; também pretende trabalhar pela desestatização, no sentido de que o Estado “deve estar focado em serviços essenciais como Educação, Saúde e Segurança”. Vinícius argumenta que hoje cada brasileiro vai arcar com R$ 92,00 para pagar o prejuízo de milhões de reais dado pelas 151 estatais brasileiras; e, por fim, Vinicíus afirmou que vai trabalhar com transparência e prestação de contas, a fim de mudar uma cultura do cidadão brasileiro de não acompanhar o que acontece no Congresso Nacional.

 


João Amoêdo (centro), acompanhado dos candidatos a deputado federal Vinícius Poit (esquerda) e Daniel Oliveira
 

Processo seletivo: como o Novo escolhe seus candidatos

 “O Brasil tem bons políticos. Eles só precisam ser descobertos para ver que política é sim para qualquer cidadão”. É com essa frase que João Amoedo justifica o inusitado método adotado pela legenda para escolher os candidatos que representarão o partido nas eleições de 2018: um processo seletivo bastante parecido com a seleção de trainees em grandes empresas.

A ideia, segundo Amoêdo, é identificar pessoas com potencial para a política mas sem histórico no ramo — algo que, para ele, pode ser um antídoto para a atual descrença na classe política.

Para encontrar essas pessoas com talento natural para a política, o processo seletivo do Novo conta com quatro etapas. No total, 460 pessoas de 13 estados se inscreveram no ano passado. Todos os pré-candidatos do Novo para uma vaga no Congresso tiveram que pagar uma taxa de inscrição de 600 reais. Aspirantes a uma vaga na corrida eleitoral pela Assembleia Distrital pagaram 300 reais.

A seleção começou em março e foi até dezembro do ano passado. Nesse período, os inscritos passaram por uma maratona de testes digna de qualquer boa seleção de trainee do país.

A primeira etapa, que correspondia à análise curricular e teste sobre valores da sigla, aprovou apenas 284 dos 460 inscritos. A primeira experiência do Novo, que foi registrado em 2015, com esse modelo de seleção, aconteceu nas eleições de 2016.

A proposta de seleção dos candidatos do Novo é vista por seus filiados como um modelo a ser seguido para outros partidos brasileiros. No entanto, para as legendas maiores, a complexidade do processo tornaria sua execução inviável, segundo Eduardo Lazzari, doutor em ciências políticas pela Universidade de São Paulo (USP).

“Apesar de os partidos terem cartilhas e orientações para os candidatos, adotar um método como o do Novo seria inviável. É uma demanda que não conseguiria ser cumprida e prejudicaria a campanha dos candidatos”, afirma.

 

 



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