A luta contra abusos é lembrada pelo PSDB Mulher de Paraguaçu Paulista
A promotora de Justiça Renata Giantomassi Gomes ladeada pela prefeita Almira Garms e integrantes do PSDB Mulher
O Dia Internacional da Mulher ocorre em meio a um movimento global sem precedentes por direitos, igualdade e justiça. Nesses últimos anos, o assédio sexual e moral, violência e discriminação contra as mulheres capturaram as atenções e o discurso público, com crescente determinação em favor da mudança. Neste sentido, pessoas do mundo todo tem se mobilizado por um futuro mais igualitário, por meio de protestos e campanhas globais de valorização feminina.
E em Paraguaçu Paulista, o Dia Internacional da Mulher foi uma oportunidade para lembrar a necessidade de transformação dessas intenções em medidas concretas para a igualdade e consequentemente para o empoderamento das mulheres, em especial quando se trata de questões como a violência contra a mulher. Este foi um dos temas abordados pela promotora de Justiça, Renata Giantomassi Gomes, que falou sobre a prevenção com relação à violência contra a mulher e também com relação à pedofilia.
A promotora Renata salienta que o que mais percebe no seu dia a dia de trabalho é a falta de informação das pessoas ao enfrentaram o problema da violência. “Falta muita informação a respeito da Lei Maria da Penha e falta encorajamento das mulheres para levarem adiante a questão da denúncia da violência doméstica”, afirmou a promotora Renata.
Ela esclarece que a vítima de violência, na maioria dos casos, não sabe como a Lei Maria da Penha a protege, não sabe quem ela pode procurar, para quem ela pode pedir socorro ou pedir ajuda, por exemplo. “Vejo no dia a dia que as pessoas desconhecem o mecanismo da Lei e é isso que eu quero abordar na palestra, para informar, para orientar, pois pretendo mostrar quais os mecanismos da Lei e como a mulher pode ter acesso a eles”, afirmou.
A exemplo desses mecanismos, a principal informação que a mulher em situação de violência doméstica precisa ter é com relação ao desrespeito à medida protetiva, algo muito comum de acontecer, de acordo com a promotora Renata. Na palestra, ela orientou o que deve ser feito para que a mulher acione a medida protetiva e, também, o que deve fazer no caso de a medida ser descumprida.
Em Paraguaçu Paulista, por exemplo, a promotora afirmou que, todos os dias, a maioria dos casos criminais que chegam à sua mesa são de medida protetiva por violência doméstica. “São muitos casos de medida protetiva por violência doméstica, por agressão física, em Paraguaçu. E a grande maioria das mulheres volta atrás, por uma série de circunstâncias, ou por medo ou por dependência financeira”, disse. Ela esclareceu que as agressões físicas que acontecem contra a mulher, podem ser provenientes de filhos, irmãos ou companheiros.
Em uma cidade pequena como Paraguaçu, onde as pessoas normalmente se conhecem, o preconceito e a vergonha podem levar muitas mulheres a não fazerem a denúncia da violência. Nesses casos, a promotora Renata orienta que as vítimas não se sintam constrangidas e tenham coragem de seguir em frente. “Não podemos deixar que o preconceito vença o medo de que algo pior pode acontecer. Então, a mulher vítima de violência não tem que se preocupar com o preconceito, ela tem que colocar o caso para as autoridades, porque se ela não fizer isso, ela vai sofrer em silêncio, os filhos vão sofrer em silêncio, a violência acaba se expandindo para todo grupo familiar”, destacou a promotora.
A palestra “Violência Doméstica Familiar” aconteceu no dia 08, Dia Internacional da Mulheres, na Câmara de Vereadores, às 19h30, e foi uma realização do PSDB-Mulher de Paraguaçu Paulista.