Estado de SP adotará fase vermelha no estado no Natal e Ano Novo

Governo expressou preocupação com potencial aumento do número de casos e de leitos ocupados por pacientes com Covid-19 durante as festas de fim de ano.


O governo de São Paulo anunciou medidas mais restritivas para o estado no período do Natal, entre os dias 25, 26 e 27 de dezembro, e no Ano Novo, nos dias 1, 2 e 3 de janeiro, na tentativa de conter o avanço de casos de Covid-19 ao evitar aglomerações nas datas comemorativas. A decisão é temporária e foi tomada durante reunião do Centro de Contingência do estado, na manhã desta terça-feira (22).

As novas medidas determinam que nesses intervalos apenas os chamados serviços essenciais ficarão abertos, como hospitais, padarias, mercados e farmácias. Bares e restaurantes, por exemplo, ficarão com as portas fechadas. Essas são as principais regras da fase vermelha, a mais rígida do Plano São Paulo, que classifica as regiões em diferentes cores, de acordo com o estágio da pandemia.

Portanto, o anúncio desta terça-feira coloca o estado todo na fase vermelha nos três dias do período do Natal e nos três dias do período do Ano Novo.

O governo expressou preocupação com potencial aumento do número de casos e internações durante as festas de fim de ano – momento em que as pessoas geralmente se reúnem com familiares e amigos.

“É muito importante que todos nós façamos nossa parte. Não estamos em momento de festas e aglomerações. Em situações como essa, o risco de descontrole da pandemia acontece. Em janeiro, nenhuma região irá para a fase verde”, afirmou Patrícia Ellen, secretária estadual de Desenvolvimento Econômico.

João Gabbardo, coordenador-executivo do Centro de Contingência, disse que mesmo diante do esforço que as medidas de isolamento exigem, tanto da economia, quanto das prefeituras e da população, lockdown a decisão foi tomada devido à gravidade da situação em que se encontra o sistema hospitalar do estado.

“Se os casos e as internações aumentarem podemos enfrentar um colapso no atendimento. E nós temos uma situação difícil no momento que é a disponibilidade de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas. […] No início da pandemia a população estava parada, em casa. Não tínhamos uma série de situações que levam os pacientes para os leitos de UTI, como acidentes de trânsito, por exemplo. Por isso, estamos tomando medidas restritivas no fim do ano.”

Em todo o estado, a taxa de ocupação de leitos de UTI era de 61,8% nesta segunda-feira (21). Na Grande São Paulo, a taxa estava em 66,8%. A região já chegou a ter apenas 41% dos leitos ocupados.

A próxima reclassificação do Plano São Paulo ficou marcada para o dia 7 de janeiro, uma quPANinta-feira, e não para o dia 4, segunda-feira, quando geralmente as atualizações acontecem.
“Com as medidas que estamos tomando, a expectativa é que entre o Natal e o Ano Novo tenhamos um número menor de internações, de casos. Isso poderia prejudicar a classificação [do Plano São Paulo] no dia 4, parecendo que estamos em uma situação melhor do que realmente estamos. Precisamos de mais dias operando [com as medidas mais restritivas] no início do ano. Além disso, temos dois terços do estado com novos prefeitos assumindo no dia 4 e vamos atualizá-los das regras do Plano São Paulo”, disse Patrícia.
 



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