A princípio, de acordo com a Saúde Municipal, serão vacinadas as crianças portadoras de deficiências e comorbidades, conforme determinado pelo Ministério da Saúde
A primeira remessa da vacina da Pfizer contra covid-19 para crianças de 5 a 11 anos deverá chegar em Paraguaçu Paulista nesta segunda-feira (17) e o Departamento de Saúde informou que deverá começar a vacinação de crianças de 5 a 11 anos a partir desta terça-feira, dia 18.
De acordo com a informação da pasta, os horários serão divulgados assim que as doses estiverem no município.
Para ser vacinada, a criança precisa estar acompanhada dos pais ou responsáveis legais, ter CPF ou cartão nacional SUS. Além disso, nessa fase da vacinação, deverá ter documento comprobatório da comorbidade ou deficiência.
O Departamento de Saúde destaca também que, caso a criança tenha tido dengue ou tenha tomado outra vacina, é necessário aguardar o intervalo de 14 dias para ser vacinada. No caso de ter sido contaminada por Covid-19, é necessário aguardar 30 dias.
A perspectiva de iniciar a vacinação nesta terça-feira no município, ocorre pois o governo do Estado de São Paulo, por meio Grupo de Vigilância Epidemiológica 13, com sede em Assis, ao qual Paraguaçu Paulista pertence, sinalizou a possibilidade de entrega da primeira grade da vacina Pfizer pediátrica, que será utilizada na imunização de crianças de 5 a 11 anos.
A princípio, serão vacinadas as crianças portadoras de deficiências e comorbidades, conforme determinado pelo Ministério da Saúde.
Lista de comorbidades para vacinação de crianças de 5 a 11 anos:
- Insuficiência cardíaca;
- cor-pulmonante e hipertensão pulmonar;
- cardiopatia hipertensiva;
- síndrome coronarianas;
- valvopatias;
- miocardiopatias e pericardiopatias;
- doença da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosa;
- arritmias cardíacas;
- cardiopatias congênitas;
- próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados;
- talassemia;
- síndrome de Down;
- autismo;
- diabetes mellitus;
- pneumopatias crônicas graves;
- hipertensão arterial;
- doença cerebrovascular;
- doença renal crônica;
- imunossuprimidos (incluindo pacientes oncológicos);
- anemia falciforme;
- obesidade mórbida;
- cirrose hepática;
- HIV.
Lista de deficiências permanentes para vacinação de crianças de 5 a 11 anos:
- Física: limitação motora que cause grande dificuldade ou incapacidade para andar ou subir escadas;
- Sensorial: indivíduos com grande dificuldade ou incapacidade de ouvir mesmo com uso de aparelho auditivo;
- Visual: indivíduos com baixa visão ou cegueira. Considera-se baixa visão ou visão subnormal quando o valor da acuidade visual corrigida no melhor olho é menor do que 0,3 e maior ou igual a 0,05 ou seu campo visual é menor do que 20º no melhor olho com a melhor correção óptica (categorias 1 e 2 de graus de comprometimento visual do CID 10) e considera-se cegueira quando esses valores se encontram abaixo de 0,05 ou o campo visual menor do que 10º (categorias 3,4 e 5 do CID 10);
- Intelectual: indivíduos com alguma deficiência intelectual permanente que limite as suas atividades habituais.
Davi, a primeira criança vacina
A primeira vacina contra a Covid-19 em uma criança foi aplicada na sexta-feira (14), no Hospital das Clínicas de São Paulo (HCFMUSP). Davi Seremramiwe, de 8 anos, foi a primeira criança a ser vacinada no país. O garoto indígena é natural de Mato Grosso, mas vai a São Paulo com frequência para realizar tratamento de saúde.
O imunizante da Pfizer recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância de Saúde (Anvisa), em 16 de dezembro, para ser aplicado em crianças de 5 a 11 anos no Brasil. Até o momento, a vacina da farmacêutica norte-americana é a única liberada pela autoridade sanitária para ser aplicada nesta faixa etária.
Em solenidade simbólica, com a presença de profissionais da saúde e o governador de São Paulo, João Doria, mais crianças com comorbidades foram vacinadas contra a Covid-19.
A vacinação no estado – para o público de 5 a 11 anos – tem início nesta segunda-feira (17), quando serão priorizadas as crianças indígenas, quilombolas e com comorbidades.
Davi, o primeiro garoto a ser vacinado contra a Covid-19, nasceu em uma tribo Xavante no estado do Mato Grosso, ele tem uma condição de saúde que afeta as pernas e o faz a andar com ajuda de uma órtese.
Por nove meses, ele e o pai, o cacique Jurandir Siridiwe, fizeram viagens periódicas à capital paulista para que Davi fosse tratado no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas. Atualmente, Davi mora com uma tutora na cidade de Piracicaba (SP). Ela o acompanha nas consultas rotineiras que garoto faz no HC com médicos das áreas de reabilitação e neurologia.
O Departamento de Saúde de Paraguaçu Paulista segue as determinções do Ministério da Saúde
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