Meteoro de Ilusão


 

Uma brincadeira que fiz no meu Twitter sobre a banda Restart, me fez repensar algo que anda sendo discutido muito pela Internet entre Vlogs e Bloggers: o que diabos os jovens (principalmente as meninas por volta dos 14 anos) veem em produtos fabricados pela indústria da música como Justin Biebier, NxZero ou Luan Santana? Em que o principal objetivo é conseguir arrecadar o máximo de dinheiro num pequeno espaço de tempo. A resposta é óbvia e não é a música.

As gravadoras vendem a promessa de um namorado bonito, famoso e romântico. Alguém que se pareça ao máximo com... uma menina? Muita maquilagem, batom e cabelo sempre impecável puxado para o lado. Tipo aquele que tem um nome de animal de estimação, filho de um cantor famoso. Tudo para sair nas capas das revistas como Capricho e Atrevida, ganhando milhares de fãs histéricas, loucas em ver a beleza de seus ídolos. Mas e o conteúdo, fica aonde? Deve estar no meio de tantos Babys de Justin “Biba”.

Posso estar sendo muito preconceituoso, pois cada um tem o direito de escolher seu gosto. E cada um deve dosar sua própria vaidade. Porém nem tudo é bom para nós, pensado em nosso desenvolvimento cultural. Se tudo fosse bom, ninguém faria campanha contra as drogas. E nesse caso são as drogas da música. Já que esses artistas fabricados não estão preocupados com seus fãs, mas se a foto com aquele biquinho ficará boa. Estão nas rádios para te deixar chapado e te deixar totalmente alienado. E ainda nem comentei sobre o cinema, onde temos vampiros que brilham de dia e lobisomens que parecem com a Lassie. Uma ofensa a essas duas grandes mitologias. Mas o que vende é a aparência e não pensamentos, reflexões. Isso, segundo a família Restart, deve ser chato.  

Os tempos modernos estão me assustando. Sou a favor de novidades, mudança de conceitos, quebra de tradições, mas ver que para ser famoso e valorizado pelos nossos jovens, não precisa mais ter talento e sim ser criança com uma voz de esquilo e que só sabe arrumar o cabelo nas entrevistas; e para encontrar algo que preste devemos nos apoiar em artistas do passado e no cenário Underground, é para desanimar.

Aí vêm as perguntas: esses são os ídolos de hoje? Esses que as meninas não param de pensar e os meninos se espelham musicalmente? Será que não veremos mais gente de talento em evidência sem ser abafado por uma fofoca qualquer? Ainda bem que tudo passa, tudo passará. Até Rebelde e High School Music passou. Mas sempre pode piorar, e os emos não me deixam mentir.

E se quiserem me xingar (e muito!) pelo Twitter, fique a vontade: http://twitter.com/gutoany   

Por: Guilherme Augusto 




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